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Barragens dos arroios Jaguari e Taquarembó beneficiarão o agronegócio

Secretária Izabel Matte detalhou a construção dessas estruturas em um painel na Expointer

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Imagem mostra uma palestra realizada em espaço fechado, com arquibancada ocupada por diversas pessoas que acompanham a apresentação. No palco, uma mulher segura microfone e fala diante de um grande telão verde que exibe o título “Objetivo” e três tópicos: fornecimento de água em tempos de seca; garantia de irrigação para cerca de 117 mil hectares; e regulação da altura dos rios durante as cheias. O ambiente é moderno, com estrutura metálica, iluminação artificial e estandes ao fundo.
Empreendimentos vão garantir água na estiagem, irrigar 117 mil hectares e regular o nível dos rios em cheias - Foto: Ariel Engster/Ascom SOP

A titular da Secretaria de Obras Públicas (SOP), Izabel Matte, apresentou o painel "Barragens e adaptação climática: construindo um futuro mais seguro" na Expointer, nesta quarta-feira (3/9), na Arena do Governo, localizada no Pavilhão Internacional. Ela traçou o histórico da construção e projetou os impactos positivos das barragens dos arroios Jaguari, em São Gabriel, e Taquarembó, em Dom Pedrito.

Desde 2009, as obras alternavam períodos de trabalhos com outros paralisados, atrasando a conclusão. Na atual gestão, o processo foi destravado. As duas estruturas constituem um dos maiores investimentos do Estado para o enfrentamento de crises meteorológicas.

Este foi um dos pontos destacados pela secretária Izabel em sua fala na Expointer, que é o maior palco para o agronegócio no Estado. Na região de abrangência delas, as duas barragens estabelecerão um novo patamar de segurança e produtividade para o agro. 

Os valores são expressivos. O investimento total em Jaguari, que está 87% concluída, será de R$ 330 milhões, sendo R$ 213,3 milhões do Estado e R$ 116,7 milhões da União. E Taquarembó, que está 58,3% concluída, receberá um total de R$ 251 milhões, sendo R$ 107,6 milhões do Estado e R$ 143,3 milhões da União. A previsão de finalização é, respectivamente, março de 2026 e março de 2027.

Os investimentos integram o Plano Rio Grande, liderado pelo governador Eduardo Leite, um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Fortalecimento da resiliência climática 

Izabel destacou que os dois empreendimentos terão dupla função: assegurar o abastecimento em períodos de estiagem, viabilizando, por meio do sistema de canais, a irrigação de aproximadamente 117 mil hectares, e regular o nível dos rios nas cheias. Esse sistema robusto fortalecerá a resiliência climática da região, reduzindo os impactos de eventos extremos e tornando o Rio Grande do Sul mais preparado para enfrentar crises. Taquarembó também garantirá abastecimento de água para a população.

No total, seis municípios serão beneficiados, em uma região vocacionada para a agricultura e pecuária: Cacequi, Dom Pedrito, Lavras do Sul, Rosário do Sul, Santana do Livramento e São Gabriel, totalizando 235 mil habitantes.

As barragens garantirão mais segurança para as lavouras, reduzindo perdas e ampliando a produtividade. Izabel apresentou um exemplo. Na região da Campanha, uma lavoura de soja em terreno sem irrigação alcança uma produtividade de 25 a 30 sacos por hectare. Se o mesmo terreno contasse com irrigação, os números dobrariam, chegando a entre 60 e 70 sacos por hectare. Considerando que o valor médio do saco está valendo R$ 125, a irrigação garantiria, apenas em Dom Pedrito, que a receita saltasse de cerca de R$ 600 milhões para R$ 1,2 bilhão por safra.

“As duas barragens gerarão um impacto social e econômico elevado na região, sendo possível duplicar a produtividade de algumas culturas”, projetou Izabel. “Taquarembó e Jaguari não são apenas obras monumentais, são um legado para o Rio Grande.”

Texto: Vitor Necchi/Ascom SOP
Edição: Secom

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