Câmara da citricultura é instalada e agenda prioridades
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A Câmara Setorial da Citricultura foi inaugurada oficialmente, nesta terça-feira (9), na Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), com o objetivo de aumentar a eficiência e a competitividade da produção de frutas cítricas no Estado. Na primeira reunião da cadeia produtiva de citros, elencou-se como temas prioritários para futura avaliação pelo setor o emprego de diferentes métodos de combate ao cancro cítrico, definição de padrões de comercialização e pesquisa de implantação de novas variedades comerciais, principalmente de laranja. No encontro, que teve a participação do secretário da Agricultura, Odacir Klein, do diretor administrativo da Emater e coordenador do Programa Estadual de Fruticultura (Profruta/RS), Afonso Hamm, e de representantes de diversas organizações, apresentou-se também um panorama sobre o segmento, que colheu no ano passado 327,6 mil toneladas de laranja, tangerina (bergamota), limão e lima. Conforme o secretário, a Câmara Setorial da Citricultura, a primeira criada no governo de Germano Rigotto, deverá obter importância técnica, política e econômica semelhante ao que já ocorre, por exemplo, com a cadeia do arroz. As câmaras não são um espaço, como alguns podem pensar, para discussões filosóficas, diletantes, e sim um fórum em que se apresenta resultados extremamente produtivos para os diversos segmentos, afirmou Klein. Já o coordenador do Profruta/RS, assessorado pelo assistente técnico da Emater para Fruticultura, Paulo Lipp, fez um diagnóstico do setor e indicou como o projeto estadual de incentivo à produção de frutas poderá desenvolver a citricultura no Rio Grande do Sul. De acordo com Afonso Hamm, há quatro regiões que concentram as lavouras de citros no Estado, localizadas no Vale do Caí, Planalto Médio, Metade Sul e Alto Uruguai, sendo esta última com a maior área de expansão atualmente. Lançado em agosto do ano passado, a Profruta tem orçados mais de R$ 53 milhões destinados à capacitação de técnicos e produtores, certificação de viveiros de mudas, recuperação e/ou implantação de pomares e aquisição de máquinas e equipamentos para produção e pós-colheita. A citricultura envolve no Estado 20 mil famílias de produtores e gerou, em 2001, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), R$ 145 milhões. A extensão em média dos pomares gaúchos é pequena, estimada em dois hectares por propriedade e a área total de cultivo no Rio Grande do Sul é de 26,9 mil hectares apenas com laranja (181,4 mil toneladas da fruta foram colhidas em 2003).