Capital recebe curso sobre novo cinema argentino
Publicação:
Traçar um panorama do cinema produzido na Argentina, que emergiu no final do século XX (com obras de baixo orçamento, mas esteticamente instigantes) e que, nestes primeiros anos do século XXI, vem se ramificando em várias vertentes cinematográficas e fazer uma revisão crítica da recente produção cinematográfica no País. Este é o objetivo principal do curso "Novo Cinema Argentino"
O curso será realizado no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), nos dias 25 e 26 de novembro, das 19h30 às 22h, pela doutora em Literatura Comparada e pesquisadora do Grupo Cinema Latino-americano, Rosângela Fachel de Medeiros. Os encontros também vão abordar questões referentes às políticas públicas do país para o audiovisual.
Conforme Rosângela, na última década, a Argentina se transformou no maior produtor de cinema da América Latina graças aos subsídios governamentais, administrados pelo Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA), e às políticas de coprodução internacional. Ela explica que esse apoio contribuiu para que o Cinema Argentino alcançasse mercados até então impensáveis e fosse consagrado, em 2010, com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com O Segredo de Seus Olhos (El secreto de sus ojos – 2009), de Juan José Campanella.
Serviço:
Curso: Novo Cinema Argentino, com Rosângela Fachel de Medeiros
Datas: Dias 25 e 26 de novembro
Horário: Das 19h30 às 22h
Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, na Rua dos Andradas, 1223/Centro/Porto Alegre/RS.
Investimento: R$ 70,00.
Material: Apostila e Certificado de Participação.
Informações: cenaum@cenaum.com Inscrições: www.cinemacenaum.blogspot.com.br
Programa do Curso:
Aula 1
1. Contextualizar política, econômica e culturalmente o surgimento do chamado “Novo Cinema Argentino” – período anterior a 2000: obra de referência: Pizza, Birra, Faso (1997), de Bruno Stagnaro e Adrián Caetano;
2. Apresentar e discutir obras e artistas que geraram a “primeira onda” do “Novo Cinema Argentino”:Mundo Grúa (1999), de Pablo Trapero; Nove Rainhas (2000), de Fabián Bielinsky; Esperando o Messias (2000), de Daniel Burman; La Liberdad (2000), de Lisandro Alonso; O Pântano (2001), de Lucrecia Martel e Un Oso Rojo (2002), de Adrián Caetano;
3. Crescimento das coproduções transnacionais na América Latina – cinema nacional versus Hollywood: criação do Programa Ibermedia (1998);
4. Políticas públicas – o kirchnerismo e o cinema nacional argentino.
Aula 2
1. Cinema comercial argentino – sucesso de público:Juan Taratuto, Diego Kaplan; Rodolfo ledo; Juan Jose Campanella; Sebastián Borensztein; Damián Szifron; Ariel Winograd;
2. Cinema argentino e o Oscar: O Filho da Noiva (2001) e O Segredo de Seus Olhos (2009), de Juan José Campanella;
3. Cinema argentino dos festivais internacionais – sucesso de crítica: El Otro (2007), de Ariel Rotter;XXY (2007), de Lúcia Puenzo; O Homem ao Lado (2009), Mario Cohn; Los Labios (2010), de Iván Fund e Santiago Loza; O Estudante (2011), Santiago Mitre; Las Acacias (2011), de Pablo Giorgelli; Abrir Portas e Janelas (2011), de Milagros Mumenthaler; O Último Elvis (2012), de Armando Bo;Samurai (2013), de Gaspar Scheuer;
4. Cinema de gênero argentino: Festival Buenos Aires Rojo Sangre (2000); Adrián García Bogliano;
5. Qual o futuro do cinema argentino?
Texto: Mara Ione Guerra de Medeiros
Edição: Redação Secom