Para garantir a iluminação nas residências dos veranistas que chegam à praia, 140 pessoas entre técnicos e eletricistas da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) trabalham em sistema de plantão, deslocando 45 camionetes e 10 caminhões pelos balneários do Litoral Norte do Estado. A Companhia vem sofrendo com uma série de furtos dos cabos de cobre nas redes de abastecimento de energia elétrica no litoral norte. A situação que enfrentamos atualmente torna este trabalho bastante intenso. Estamos falando de redes, quadras e ramais inteiros roubados, revela Manoel Cândido Silveira, gerente regional da CEEE de Osório. Segundo ele, a Companhia está trabalhando fortemente junto aos órgãos de segurança pública. Pessoas já foram presas graças ao trabalho dos policiais militares e civis, mas o fato é que as redes, que cortam cidades inteiras, ficam ao ar livre e em locais de pouca movimentação de pessoas ao longo do ano, explica Silveira. De acordo com o representante da Companhia, somente em material, os gastos estimados pela CEEE são de cerca de R$ milhão. Outros R$ 500 mil foram despendidos em mão-de-obra especializada, contabilizando ainda a energia que se deixa de faturar dos clientes que ficaram sem condutores, totalizando um prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão. Ao longo do ano foram roubados cerca de 80 toneladas entre fios e cabos de cobre. Silveira explica que, na orla litorânea, há hoje registradas 150 mil unidades consumidoras. Estima-se que 40 mil delas já foram afetadas de alguma maneira em função dos furtos ao longo ao ano. A CEEE, além de atender serviços de manutenção, está tendo de ampliar seu trabalho para poder atender os clientes que foram atingidos pelos furtos. Auxílio da população O gerente regional da CEEE acredita que o auxílio dos veranistas e moradores é fundamental para que este tipo de crime seja banido. Todos os moradores e até mesmo os cidadãos que têm casa na praia e vêm ao litoral em finais de semana ou somente durante o verão podem ajudar. Se alguém ver uma pessoa que não esteja trajado com roupas devidamente identificadas pela Companhia e em atitudes suspeitas mexendo nos postes públicos, deve chamar imediatamente a polícia e a CEEE, concluiu Silveira.