Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Centro Estadual de Vigilância em Saúde completa 20 anos como referência em prevenção e proteção da saúde

Cevs celebra trajetória marcada por avanços e desafios

Publicação:

Fachada de prédio governamental com placa em destaque na frente. A placa exibe os textos "CEVS Coordenadoria RS" e "Governo do Estado Rio Grande do Sul Secretaria da Saúde", acompanhados de um brasão colorido. Ao fundo, vê-se um edifício de vários andares com janelas alinhadas horizontalmente. Há árvores e vegetação ao redor, criando um ambiente sombreado e arborizado.
Órgão estadual reforça papel técnico e essencial na prevenção de riscos à saúde - Foto: Alina Souza/Ascom SES

Da vacina recebida no posto de saúde ao controle sanitário no comércio de alimentos, há por trás dessas ações o trabalho da vigilância em saúde. No Rio Grande do Sul, esse papel é coordenado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), que, neste domingo (5/10), celebra 20 anos de atuação em defesa da saúde pública.

Instituído formalmente em 2005 pelo Decreto 44.050, o Cevs nasceu com o propósito de integrar e coordenar as diversas áreas da vigilância em saúde sob um comando único. Desde então, tornou-se fundamental na estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), atuando de forma preventiva, protetiva e estratégica para evitar riscos e agravos à saúde.

A vigilância em saúde abrange o monitoramento e o controle de doenças e agravos, a fiscalização de produtos e serviços, a promoção da saúde do trabalhador, o acompanhamento de riscos ambientais e a gestão de emergências em saúde pública, além do diagnóstico laboratorial como suporte à saúde pública. Embora muitas vezes pouco visíveis e de forma silenciosa no cotidiano, essas atividades têm impacto direto para evitar surtos, epidemias e garantir ambientes seguros.

Fiscalização sanitária em cozinha comercial. Em primeiro plano, uma pessoa com colete escrito "VIGILÂNCIA EM SAÚDE" observa o ambiente. Ao fundo, outra pessoa cozinha em um fogão industrial, mexendo uma panela grande. A cozinha possui utensílios, prateleiras com ingredientes e produtos embalados, evidenciando a inspeção para garantir higiene e segurança alimentar.
Instituição é destaque na resposta a emergências sanitárias e na coordenação de ações preventivas - Foto: Ascom SES

Como destaca a diretora do Cevs, Tani Ranieri, mesmo que muitas vezes passe despercebido, o trabalho da vigilância em saúde está em muitos aspectos da nossa rotina. “A vigilância em saúde está presente em muitos momentos do nosso cotidiano, mesmo quando não percebemos. Ela atua para garantir que os alimentos que consumimos sejam seguros, que as vacinas estejam disponíveis e conservadas corretamente, e que os medicamentos sejam confiáveis”, explica.

Entre os exemplos de atuação estão o controle de vetores (como o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue), o monitoramento da qualidade da água para consumo humano, a fiscalização de estabelecimentos e produtos, além da coordenação de estratégias de vacinação. “Se vivemos em ambientes mais saudáveis e protegidos, é porque há um trabalho contínuo e comprometido por trás disso, um esforço técnico e silencioso que resguarda a saúde de cada cidadão e de toda a comunidade”, frisa Ranieri.

O Cevs tem como missão reunir e divulgar informações sobre riscos à saúde e, a partir disso, orientar medidas eficazes para proteger a população e melhorar sua qualidade de vida. É um trabalho técnico, contínuo e essencial para garantir ambientes mais seguros a todos.

Estrutura e áreas de atuação

Na sua criação, o Cevs reuniu as áreas de vigilâncias Sanitária, Ambiental, Epidemiológica e Saúde do Trabalhador. Em 2017, com a incorporação das atribuições antes pertencentes à Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), o centro ampliou sua estrutura e passou a contar também com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), o Centro de Informação Toxicológicas (CIT) e o Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT). Com essa integração, fortaleceu sua capacidade de resposta em momentos de emergência e ampliou sua atuação em pesquisa, diagnóstico e monitoramento laboratorial.

Mão com luva rosa posiciona uma placa de 96 poços em uma máquina de PCR em tempo real, utilizada para amplificação e quantificação de DNA. A pessoa veste jaleco branco, indicando ambiente laboratorial. A imagem retrata um procedimento essencial em diagnósticos e pesquisas de biologia molecular, voltado à identificação de vírus por meio de análise genética.
Cevs esteve à frente, nos últimos 20 anos, de ações laboratoriais em emergências como covid-19, dengue e gripe aviária - Foto: Ascom SES

Ao longo das últimas duas décadas, o Cevs esteve na linha de frente de grandes emergências em saúde pública. Teve papel central no enfrentamento à pandemia de covid-19 e às epidemias de dengue, coordenando vigilância, monitoramento de casos e ações laboratoriais. Atuou também em surtos de novas ameaças à saúde, como a gripe A-H1N1, a gripe aviária e a Mpox.

Em situações de emergência ambiental, como as enchentes de 2024, o Cevs coordenou medidas de prevenção e controle de doenças, especialmente aquelas transmitidas pela água e por vetores. Além disso, foram realizadas ações de controle sanitário e de proteção à saúde do trabalhador. Essas experiências reforçam o papel estratégico do órgão na pronta resposta às ameaças sanitárias, garantindo informação, coordenação técnica e medidas de proteção à população.

Nos últimos anos, o Cevs registrou avanços importantes em sua estrutura e em seus programas de trabalho. Em agosto de 2024, houve a inauguração da nova sede da Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), localizada no complexo do Cevs, no bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre.

Sala de armazenamento refrigerada com prateleiras metálicas organizadas, contendo diversas caixas de vacinas. À direita, há fileiras de caixas brancas e vermelhas com a palavra "VACINA" impressa. Ao fundo, uma pessoa manuseia caixas nas prateleiras. Ventiladores no teto indicam controle de temperatura, e o ambiente é bem iluminado, evidenciando a estrutura adequada para conservação de imunobiológicos.
Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos - Foto: Alina Souza/Ascom SES

Com investimento de R$ 3,1 milhões, a nova estrutura representou um salto na capacidade de conservação de vacinas e soros, passando de 14 milhões para até 26 milhões de doses armazenadas.

Qualifica Vigilância RS

Outro avanço significativo foi o lançamento do Programa Qualifica Vigilância RS, em fevereiro de 2025. Pela primeira vez, a SES destinou recursos próprios diretamente às vigilâncias municipais, com um investimento total previsto de R$ 22 milhões.

O programa contempla todos os municípios gaúchos e tem como objetivo fortalecer ações locais de vigilância em saúde, por meio de repasses para custeio e investimento. As ações estão organizadas em seis eixos temáticos: sistemas de informação em saúde, arboviroses (como dengue), emergências em saúde pública, imunizações, qualidade da água para consumo humano e processos de trabalho e educação.

A primeira parcela, já repassada, foi fixa e proporcional ao porte populacional de cada município, totalizando R$ 10,9 milhões. A segunda parcela, prevista para dezembro, será variável e dependerá da execução das ações previstas, podendo alcançar o mesmo valor da primeira.

Com o Qualifica Vigilância RS, o Estado promove uma descentralização estratégica dos recursos, valorizando a atuação local e ampliando a capacidade de resposta dos municípios frente aos desafios da saúde pública.

Texto: Ascom SES
Edição: Secom

Portal do Estado do Rio Grande do Sul