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Com apoio do Estado, projeto Remar para o Futuro mostra sua força e resiliência um ano após acidente no Paraná

Delegação perdeu sete atletas e o fundador em acidente de trânsito em 20 de outubro de 2024

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A imagem apresenta um grupo de pessoas em pé, posicionado à beira de um lago, com uma paisagem urbana ao fundo. Todos vestem roupas esportivas e exibem medalhas penduradas no pescoço. No centro, uma pessoa segura uma camiseta branca com o logotipo “Remar para o Futuro”.
Um ano depois, equipe e egressos conquistaram 16 medalhas no Campeonato Brasileiro de Barcos Longos de Remo, no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação SEL

O projeto Remar para o Futuro, apoiado pelo governo do Estado, conquistou resultados expressivos no último Campeonato Brasileiro de Barcos Longos de Remo, que ocorreu no Rio de Janeiro, no começo do mês. Sete gaúchos e um uruguaio que representam o projeto e egressos da iniciativa – que hoje estão em outros clubes – conquistaram 16 medalhas. Dessas, sete são de ouro, uma é de prata e oito são de bronze.

Apoiado pelo Programa Pró-Esporte, via Secretaria do Esporte e Lazer (SEL), o projeto recebeu um aporte de R$ 250 mil em 2025. O coordenador do Remar para o Futuro, Fabricio Boscolo, afirmou que o investimento do Estado viabilizou a viagem à competição e garantirá a participação da equipe no Campeonato Brasileiro de Jovens Talentos, que será realizada em novembro, em Porto Alegre. 

A performance vitoriosa dos atletas no evento ocorre um ano depois de uma data trágica para o esporte gaúcho: em 20 de outubro de 2024, a delegação da equipe sofreu um acidente de trânsito em que nove pessoas morreram, sendo oito integrantes do projeto, incluindo um dos fundadores, Oguener Tissot, e o motorista da van que transportava a equipe.

"Há um ano, o Remar para o Futuro enfrentou uma tragédia que comoveu todo o Rio Grande do Sul. Hoje, seguimos honrando a memória dos jovens que partiram, transformando a dor em propósito. Cada investimento no esporte é uma semente de esperança, um gesto que preserva o legado deles e garante que novas gerações sigam remando rumo a um futuro melhor", destacou o titular da SEL, Juliano Franczak, o Gaúcho da Geral.

O recomeço e as competições esportivas 

Fabrício ressaltou que a ausência de quem morreu no acidente jamais será superada, mas o legado esportivo de Tissot é um incentivo para recomeçar. “Foi complexo e complicado, pois envolve diferentes aspectos que vão muito além do esporte, do remo. Lidar com vidas perdidas, famílias destruídas e, ao mesmo tempo, com a expectativa de seguir cuidando de mais de 30 jovens demanda competências muito diversas”, disse Boscolo. 

A foto mostra um grupo de pessoas reunidas em área externa gramada, próxima a um corpo d’água com pista de remo ao fundo. O grupo veste uniformes esportivos em tons de azul e segura uma camiseta branca com o logotipo “Remar para o Futuro” estampado no centro. Algumas pessoas usam medalhas penduradas no pescoço.
Equipe e egressos do projeto Remar para o Futuro conquistaram sete medalhas de ouro, uma de prata e oito de bronze - Foto: Divulgação SEL

As vitórias e grandes resultados do projeto são motivo de comemoração, mas também de lembrança e agradecimento a quem perdeu a vida no acidente de 2024. Além dos obstáculos esportivos comuns em competições de alto nível, o projeto teve que se reerguer e ensinar que o esporte vai além da competição, como idealizou o fundador Oguener Tissot. 

O campeonato disputado no começo do mês, no Rio de Janeiro, demonstrou que a meta foi alcançada e que o recomeço, apesar de difícil, mostrou que o trabalho está no caminho certo. “O acidente desestruturou nossa equipe, pois perdemos nossos atletas mais desenvolvidos e nosso principal treinador, Tissot. O processo de reconstrução tem sido doloroso, mas necessário para seguirmos transformando vidas por meio do esporte”, frisou o coordenador do projeto. 

Além dos medalhistas, Boscolo destacou a performance do barco para oito com timoneiro. “Nosso 8+, que terminou em 4° lugar na categoria sub-19 masculino, tinha apenas três atletas desta categoria, os demais eram todos sub-16. Ou seja, um resultado que prospecta boas perspectivas futuras”, explicou Boscolo.

Mais de R$ 170 milhões investidos desde 2019 via Pró-Esporte RS

Fundamental para o desempenho dos remadores no Campeonato Brasileiro de Barcos Longos de Remo, o Pró-Esporte RS é uma importante ferramenta para o financiamento de atletas nas mais importantes modalidades esportivas. Desde 2019, os aportes do governo do Estado no programa vêm aumentando. Naquele ano, o investimento anual era de R$ 20 milhões, passando para R$ 35 milhões anuais a partir de 2022. Na soma, desde 2019, o programa recebeu mais de R$ 170 milhões em investimentos do governo do Estado. Tudo isso para incentivar instituições como o Remar para o Futuro, que chega aos grandes resultados em um momento de superação.

O Pró-Esporte atende diversas áreas da sociedade a partir do esporte. O programa é dividido em dez linhas de financiamento, que abrangem desde a formação de cidadãos, a partir do atendimento a projetos educacionais, até o mais alto nível de rendimento, com iniciativas de atletas que representam o Estado em competições nacionais e internacionais.

Sobre o Remar para o Futuro

O projeto foi criado em outubro de 2015, em uma parceria entre a prefeitura de Pelotas – à época administrada pelo governador Eduardo Leite – e a Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). O Remar para o Futuro completa dez anos com o principal objetivo de formar jovens atletas, que vão dos 12 aos 18 anos de idade, e ajudá-los a alcançar grandes resultados no remo. Após a idade máxima, os jovens são direcionados a clubes adultos, onde podem continuar a se desenvolver. 

Texto: Ascom SEL
Edição: Secom

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