Com investimento do Estado, remadores de projeto gaúcho conquistam 16 medalhas no Campeonato Brasileiro de Barcos Longos
Atletas e ex-integrantes do projeto Remar para o Futuro, de Pelotas, são destaque em competição nacional no Rio de Janeiro
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Em um momento histórico para o remo do Rio Grande do Sul, oito atletas brilharam no Campeonato Brasileiro de Barcos Longos, que terminou no domingo (12/10), na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro (RJ). Os competidores que representam o projeto Remar para o Futuro, bem como ex-integrantes atualmente vinculados a outros clubes, conquistaram 16 medalhas, sendo sete de ouro, uma de prata e oito de bronze.
O projeto Remar para o Futuro, criado em 2015 em Pelotas, quando o governador Eduardo Leite era prefeito da cidade, recebe investimento do governo do Estado por meio do Pró-Esporte RS, da Secretaria do Esporte e Lazer (SEL).
O desempenho dos atletas ganha ainda mais relevância ao se aproximar a data de um ano do trágico acidente ocorrido na BR-376, em Guaratuba, litoral do Paraná, em 20 de outubro de 2024. O episódio vitimou oito integrantes do projeto, além do motorista da van que transportava a equipe. O grupo retornava de São Paulo, onde havia representado Pelotas no Campeonato Brasileiro de Remo Unificado, quando conquistaram sete medalhas.
Celebração de conquistas e homenagem às vítimas de acidente na BR-376
“O Remar para o Futuro viveu uma tragédia que comoveu todo o Rio Grande do Sul. Os jovens que partiram seguirão sempre presentes em nossos corações. Cada conquista do projeto é, acima de tudo, uma homenagem à memória e ao legado que eles deixaram”, destaca o titular da SEL, Juliano Franczak, o Gaúcho da Geral.
No evento, que teve a participação de 27 clubes e de mais de 300 atletas de todo o país, os medalhistas do projeto que subiram ao pódio foram os seguintes:
- Brenda Madruga: medalha de bronze no 2x Sub23, representando o Centro Português 1º de Dezembro, de Pelotas.
- Robson Radmann: três medalhas de bronze, no 2x Sênior, 4x Sênior e no 4-Sub23, defendendo o Clube Náutico América, de Blumenau (SC).
- Shaiana Ucker: medalha de prata no 4- Sub23 e de bronze 8+, do Grêmio Náutico União (GNU), de Porto Alegre.
- Facundo Mezquita: duas medalhas de bronze, no 4- Sênior e no 8+ Sênior, representando o GNU.
- Evelen Cardoso: medalha de bronze no 8+ Sênior, defendendo o GNU.
- Mariana Macedo: três medalhas de ouro, no 4x Sênior, no 4- Sênior e no 8+ Sênior, representando o Clube de Regatas Flamengo (RJ).
- Maria Fuhrmann: duas medalhas de ouro, no 4- Sub23 e no 8+ Sênior, representando o Clube de Regatas Flamengo.
- Piedro Tuchtenhagen: duas medalhas de ouro, no 2x Sênior Leve e no 4x Sênior Leve, representando o Clube de Regatas Flamengo.
Para o coordenador geral do projeto, o professor Fabricio Boscolo, participar do evento foi muito significativo para o Remar, por diversos motivos. “O mais importante deles é que a tragédia que levou precocemente o nosso técnico Oguener Tissot e mais sete atletas, em 2024. Assim, respeitando o passado, trabalhando no presente e olhando para o futuro, seguimos nos esforçando para respeitar o legado conquistado por nossos tão queridos companheiros,” relata.
O Remar para o Futuro é um projeto interinstitucional desenvolvido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pela Prefeitura de Pelotas e pelo Centro Português 1º de Dezembro, com apoio de patrocinadores locais e financiamento do Pró-Esporte RS. A iniciativa conta ainda com equipe técnica ampliada e suporte de profissionais das áreas de nutrição, saúde e fisioterapia.
Texto: Ascom SEL
Edição: Secom