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Combate à tuberculose e à hepatite C no sistema prisional mobiliza ações integradas em todo o RS

Oficinas e rodas de conversas foram realizadas nas dez Regiões Penitenciárias do Estado

Publicação:

card2023 Sistemas Penal e Socioeducativo
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Ao longo do primeiro semestre deste ano, diversas capacitações com foco no combate à tuberculose e à hepatite C foram realizadas para trabalhadores que atuam no sistema prisional gaúcho. Os resultados e os encaminhamentos dessa iniciativa foram apresentados, de forma virtual, no evento “Quebrando barreiras: encontro da comunidade carcerária e mostra de ações integradas no combate à tuberculose e hepatite C”, na quinta-feira (27/6). O projeto foi promovido pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com apoio do governo do Estado.

O evento desenvolveu oficinas e rodas de conversa nas dez Regiões Penitenciárias do Estado, abrangendo servidores penitenciários, trabalhadores em saúde das equipes de atenção primária prisional, professores dos Núcleos Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (Neeja), conselheiros da comunidade e voluntários de organizações religiosas, entre outros profissionais. 

Nesses encontros, foram abordados tópicos como: identificação precoce de sintomas; diagnóstico; importância do tratamento; estratégias de vigilância em saúde; e importância do controle social e das escolas na promoção da saúde dentro do sistema prisional.

Durante a abertura do encontro, o diretor-geral da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Pablo Rodrigues, reforçou a importância de parcerias do governo com a academia.

“É uma honra para a SSPS participar do projeto Quebrando Barreiras, que une educação, saúde e inovação. São várias pontas amarradas para enfrentarmos de modo adequado e firme as questões da tuberculose e hepatite C no sistema penitenciário. Que a gente possa aprofundar cada vez mais, com o apoio da academia, propostas que levem mais luzes a esse sistema que, às vezes, é tão duro. Temos visto o quanto é necessário estar mais perto da academia para darmos passos seguros, firmes, transparentes e sem sombras”, disse Rodrigues. 

Sob coordenação do Núcleo de Pesquisa e Extensão com Foco no Sistema Prisional (Nupesisp) da Unisc, o projeto teve apoio da SSPS, da Polícia Penal, da Secretaria da Saúde (SES) e da Secretaria da Educação (Seduc). Com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), por meio do Ministério da Saúde, foram alcançadas diretamente cerca de 450 pessoas do público-alvo.

“Essa história de projetos que vêm sendo realizados entre a Unisc e todas essas instituições ocorre há mais de dez anos, com muito trabalho e crescimento. Cada vez mais, nós vemos a importância de fazer um trabalho interdisciplinar e intersetorial, e temos conseguido atingir nossos objetivos. Assim, conseguimos fazer com que as atividades e ações de saúde no sistema prisional sejam ainda mais qualificadas, sendo trabalhadas de forma integrada”, afirmou a professora da Unisc e coordenadora do projeto, Lia Possuelo.

O encontro também possibilitou o compartilhamento de experiências entre os coordenadores técnicos das Regiões Penitenciárias sobre as rodas de conversa que ocorreram no primeiro semestre do ano. Foi realizado, ainda, o lançamento de documentos técnicos orientativos, desenvolvidos neste período. Os materiais contêm informações sobre o impacto das doenças infecciosas no sistema penal, além de orientações sobre as contribuições do controle social para ações de vigilância em saúde no ambiente prisional.

A técnica superior penitenciária da Divisão de Saúde Prisional do Departamento de Tratamento Penal da Polícia Penal, Rosane Gomez, destacou a importância de iniciativas como essa para o sistema prisional gaúcho. “Essas ações de educação em saúde que ocorreram ao longo da execução do projeto trazem ganhos importantes para o sistema prisional, tanto para a qualificação dos profissionais das diferentes áreas que atuam no sistema quanto para a ampliação das possibilidades de cuidado a essa população que é atravessada por diversas vulnerabilidades.”

Neste primeiro semestre, os Neejas de cada região penitenciária também elaboraram projetos pedagógicos informativos sobre a temática, que foram apresentados na parte da tarde no evento. O objetivo dessa ação foi capacitar os professores e possibilitar que os alunos se transformem em transmissores do conhecimento adquirido sobre prevenção e diagnóstico de tuberculose e da hepatite C para as demais pessoas privadas de liberdade e para os familiares que as visitam.  

Texto: Rafaela Pollacchinni/Ascom SSPS
Edição: Camila Cargnelutti/Secom

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