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Comitiva gaúcha inicia missão com visita a centros de pesquisa em irrigação nos EUA

Vice-governador lidera grupo que cumpre agenda técnica no Nebraska para conhecer práticas em irrigação e inovação agrícola

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Uma foto externa de um grupo de cerca de 20 homens de pé, posando na frente de um letreiro e um prédio. O letreiro de cor escura, no canto inferior esquerdo, diz "NEBRASKA INNOVATION CAMPUS" e, abaixo, "Greenhouse Innovation Center". O prédio atrás é moderno, de dois andares, com fachada em cores claras e muitas janelas. Os homens estão vestidos de maneira casual de negócios ou casual e parecem ser membros de uma comitiva, possivelmente na área de agricultura ou tecnologia de estufas, em visita ao centro de pesquisa no Nebraska, EUA. O céu está nublado.
Grupo visita centros de pesquisa e conhece experiências de sucesso em irrigação e uso eficiente da água - Foto: Leonardo Fouchard/Ascom GVG

Nesta segunda-feira (20/10), primeiro dia da missão técnica do governo do Estado ao Nebraska (EUA), a comitiva gaúcha, liderada pelo vice-governador Gabriel Souza, iniciou as atividades com uma imersão sobre o panorama da agricultura irrigada no país e no mundo. A apresentação foi conduzida pelos pesquisadores Ivo Zution Gonçalves e Christopher Neale, da Universidade do Nebraska, em Lincoln, referência mundial em pesquisas sobre irrigação e uso eficiente da água. 

O vice-governador destacou a importância da agenda técnica para ampliar o conhecimento sobre práticas e tecnologias aplicáveis à realidade do Rio Grande do Sul. “O Nebraska tem a maior área irrigada dos Estados Unidos e, por isso mesmo, é importante estarmos aqui durante toda esta semana para conhecer melhor as pesquisas e as tecnologias desenvolvidas neste Estado. Queremos levar esse aprendizado para o Rio Grande do Sul, já que a irrigação é uma área estratégica para nós. O Estado vem sendo afetado com frequência crescente pelas estiagens e, por isso, é fundamental ampliarmos a área irrigada das nossas lavouras, especialmente de soja e de milho, garantindo segurança produtiva e sustentabilidade ao nosso agronegócio”, destacou Gabriel. 

A comitiva também visitou o Greenhouse Innovation Center, da Universidade do Nebraska–Lincoln (UNL), uma das mais avançadas instalações de pesquisa agrícola dos Estados Unidos. Apresentado pelo diretor de Relações Industriais, Ryan Anderson, o espaço reúne modernas estufas, laboratórios e sistemas automatizados de análise de plantas voltados ao desenvolvimento de tecnologias de alta precisão para o setor. Os estudos realizados no centro têm como objetivo acelerar o melhoramento genético das plantas, identificando variedades mais produtivas e resistentes a estresses climáticos. Após os testes em ambiente controlado, as espécies seguem para ensaios de campo, onde são avaliadas em condições reais de cultivo.

Uma foto em um ambiente interno de estufa (aparentemente, o mesmo local da foto anterior, o Greenhouse Innovation Center) mostra um grupo de cerca de oito homens. À direita, um homem de óculos e colete escuro (o mesmo que estava à esquerda na foto anterior, o anfitrião) gesticula enquanto fala com outro homem, que usa óculos e blazer escuro, à sua frente. Os outros membros da comitiva estão reunidos ao redor, olhando atentamente. Alguns estão de braços cruzados, outros segurando óculos ou com as mãos no rosto, demonstrando interesse na explicação. O ambiente é muito iluminado, com estruturas de vidro e metal típicas de estufas, e é possível ver plantas ao fundo, através das janelas.
Nebraska lidera ranking de agricultura irrigada nos EUA com 3 milhões de hectares cultivados - Foto: Juliane Pimentel/Ascom GVG

O secretário da Agricultura, Edivilson Brum, destaca que o principal objetivo da viagem é buscar novas tecnologias e técnicas para irrigação que possam ser aplicadas no Rio Grande do Sul. “Nada melhor do que ir ver de perto a realidade de lugares que são referência no mundo da irrigação e uso de recursos hídricos. O agro representa 40% do PIB gaúcho e é fundamental buscarmos mecanismos e ideias que possam mitigar os efeitos sentidos pelos produtores, principalmente em períodos de estiagem”, enfatizou.

Panorama da agricultura irrigada 

Durante a apresentação técnica, foram comparados dados de irrigação do Brasil, da China, da Índia, do Paquistão e dos Estados Unidos. O Brasil foi apontado como o país onde a irrigação mais cresce no planeta, com cerca de 400 mil hectares por ano, impulsionados principalmente pelo uso de pivôs centrais. Atualmente, o país possui 9 milhões de hectares irrigados, mas a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima potencial de até 30 milhões de hectares, podendo chegar a 50 milhões, conforme projeções mais otimistas. O avanço, no entanto, depende de uma gestão eficiente dos recursos hídricos, considerada essencial para a expansão sustentável do setor. 

O grupo também conheceu o mapa da agricultura irrigada norte-americana, que soma 21 milhões de hectares, com forte concentração em cinco Estados — Nebraska, Califórnia, Kansas, Texas e Idaho —, responsáveis por metade da área irrigada dos Estados Unidos. Nebraska lidera o ranking, com cerca de 3 milhões de hectares irrigados, principalmente por pivô central voltado ao cultivo de milho e soja.  

Na terça-feira (21/10), a comitiva liderada pelo vice-governador visitará o Distrito de Recursos Naturais de Upper Big Blue e o Nebraska Innovation Campus, além de realizar outros encontros técnicos previstos na programação.

Texto: Juliane Pimentel/Ascom GVG
Edição: Secom

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