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Companheiros lembram obra de Brizola pela inclusão social

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Governador em exercício Antonio Hohlfeldt acompanha a ida do corpo do ex-governador Leonel Brizola do Aeroporto Salgado Filho até o Palácio Piratini. Estavam presentes familiares de Leonel Brizola, o presidente da AL, Vieira da Cunha, o governador em exer
Cerimônia fúnebres Leonel Brizola - Foto: Jefferson Bernardes/Palácio Piratini
Esteve agora há pouco, no Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini, onde está sendo velado o ex-governador Leonel Brizola, o diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) Germano Bonow. Brizola foi um dos fundadores do banco, há 43 anos, junto com os ex-governadores Celso Ramos, de Santa Catarina, e Nei Braga, do Paraná. Nessas mais de quatro décadas de incentivo ao desenvolvimento econômico dos três estados da Região Sul do Brasil, o BRDE já possibilitou a geração de mais de 1 milhão de empregos. Em nome do banco, estiveram também no Piratini o novo presidente da instituição, Lélio Souza (empossado no último dia 14), o ex-presidente e atual senador Cacildo Maldaner, de Santa Catarina, e o diretor de operações no Paraná, Carlos Frederico Marés de Souza Filho. Estou aqui, junto com companheiros do BRDE, em reconhecimento ao homem que fundou esta instituição de fomento ao desenvolvimento do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, disse Bonow, recordando que, em sua época de estudante, vivenciou e defendeu o movimento da Legalidade, liderado por Brizola. A histórica mobilização das forças públicas e da população civil, por 12 dias, entre agosto e setembro de 1961, impediu que uma junta militar assumisse o comando do país depois da renúncia do presidente Jânio Quadros e garantiu a posse do vice, João Goulart, em cumprimento à Constituição Federal. Legado O secretário da Ciência e Tecnologia, Kalil Sehbe, um dos integrantes pedetistas do primeiro escalão do governo Rigotto, lamentou a morte do correligionário Leonel Brizola ressaltando que, apesar da perda, líderes como ele não morrem. O legado deixado por ele não desaparece. Sua maior herança como homem público está na educação, onde uma das grandes obras foi a criação de escolas de tempo integral, que dão oportunidade de igualdade a todos, não apenas no ensino, mas também em inclusão social. As propostas e a coerência de Brizola jamais morrerão, afirmou Kalil. Sentado próximo ao caixão, o senador peemedebista Pedro Simon disse que, sem dúvida, Brizola foi a grande liderança política brasileira dos últimos 50 anos. Foi o grande líder carismático desse período e um verdadeiro chefe partidário e político, que se impôs por suas idéias. Foi também um grande governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Enfim, foi o que de melhor poderíamos ter tido na história política do Rio Grande do Sul e do Brasil. Perdemos um grande nome, e acho impossível alguém ocupar o seu lugar, declarou Simon. A família do ex-governador recebeu também, no início da noite, o abraço emocionado do jornalista e escritor Flávio Tavares, que acaba de lançar o livro de ficção O Dia em que Getúlio Matou Allende. Para Tavares, tudo, na política brasileira, começava e terminava com Leonel Brizola. Ele será insubstituível como estadista. Nunca foi um caçador de votos, nem um mercador ou vendedor de ilusões. Buscou sempre programas de governo e levar a cabo as suas idéias, disse.
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