Congresso Internacional de Energias Renováveis contará com a participação de 50 países
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Os maiores especialistas do mundo em geração de energias renováveis estarão em Porto Alegre na primeira quinzena de dezembro. A confirmação foi dada pelo secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, que trata da organização do evento. O 1º Congresso Internacional de Energias Renováveis (Cier) será promovido pelo Governo do Estado, com apoio dos governos alemão e holandês, que enviarão seus melhores técnicos para o Estado. Esperamos a participação de 50 países da Europa, da América do Norte e da América do Sul, revela Andres. Segundo o secretário, há uma preocupação mundial em relação à geração de energias alternativas, chamadas de limpas porque não poluem o meio ambiente. Além do cuidado ambiental, precisamos estar atentos para o fim de algumas fontes de energia, como o petróleo e o carvão, que estão com suas reservas se exaurindo no mundo, lembra o secretário. Por isso, estamos ingressando na Era das energias limpas, destaca. Durante o 1º Congresso Internacional de Energias Renováveis, que deve ter de três a quatro dias de duração, haverá um capítulo especial para o tema créditos de carbono, o mais moderno mecanismo de financiamento de energias alternativas. Futuro Os europeus consideram o Brasil o país do futuro quanto à geração de energias renováveis, garante Andres, que esteve na Bélgica, Alemanha e Holanda na última semana. O Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica) é visto como um programa muito promissor no país, que demonstra toda a preocupação do Brasil em relação ao incremento de energias limpas, frisa o secretário. Na primeira etapa do Proinfa, encerrada em julho, o Rio Grande do Sul conseguiu preencher o total da cota permitida para o Estado, que era de 220 megawatts (MW) para a energia eólica e 165 MW para Pequenas Centrais Hidrelétricas. Outros dez projetos de energia eólica e três de PCHs foram habilitados e podem ser contemplados na segunda etapa do Proinfa, prevista para outubro. Entre os projetos aprovados para entrar em operação, quatro são de energia eólica e oito são de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que juntos vão gerar 385 MW de potência - cerca de 10% da atual demanda do Estado - a partir de 2006. Andres ressalta que o investimento será próximo a R$ 1 bilhão nos próximos dois anos, com a geração de 2,5 mil empregos no Estado.