A I Jornada Gaúcha de Controle de Infecções reuniu durante todo o dia de hoje (16), no Auditório do Daer, técnicos que realizam a prevenção de infecções hospitalares no RS. O evento foi promovido pela Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde e pela Associação Gaúcha de Profissionais em Controle de Infecções Hospitalares (AGIH). O encontro avaliou os 14 Cursos Básicos Descentralizados, que capacitaram profissionais no interior do Estado e abordou os desafios enfrentados. Foram discutidos o controle da qualidade da água, as rotinas, procedimentos escritos, higienização, manutenção dos equipamentos e esterilizações sem controle de qualidade. Pela legislação vigente, todos os hospitais são obrigados a ter uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e um programa específico sobre o assunto. Estas comissões devem ter um olhar técnico sobre todo as áreas - lavanderia, cozinha, central de material, esterilização e áreas críticas, como as UTIs. Devem também orientar na escolha dos produtos e no modo de limpeza do hospital. Também é da responsabilidade destas Comissões a orientação e exigência quanto ao uso de equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras, avental impermeável e viseira para prevenir doenças profissionais. A coordenadora do Setor de Controle de Infecções em Estabelecimentos de Saúde da SES, Vera Lúcia Machado, explica que em hospitais grandes, as comissões são multiprofissionais e cabe a um médico a responsabilidade pela orientação quanto à padronização e ao uso racional dos antimicrobianos (antibióticos, antivirais e antiparasitários). De maneira geral, diz Vera, ocorrem infecções em 5% dos pacientes internados e nas UTIs esse número pode chegar a 50%. Em breve, todos os hospitais terão acesso a um sistema informatizado de notificação e vigilância epidemiológica das infecções. A iniciativa possibilitará às autoridades de vigilância sanitária o acesso aos dados de todo o Estado.