Convênio com Unesco foca em prevenção e educação para evitar avanço de IST/aids
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Assinada nesta segunda-feira (10/2), a parceria entre o governo do Rio Grande do Sul e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) tem como finalidade a prevenção e a redução dos índices de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/aids) no Estado. O programa é denominado “Tecnologias Sociais Inovadoras de Educação e Saúde para a Prevenção de IST/aids em jovens no RS”.
No Rio Grande do Sul, a taxa de detecção de pessoas infectadas é de 27,2 para cada 100 mil habitantes, enquanto a nacional é de 17,8. De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados em 2019, Porto Alegre é a capital estadual com mais mortes ocasionadas pelas consequências da aids. Portanto, é dever do governo do Estado formular políticas públicas de atuação nessa área. Grande parcela dos infectados está entre o público jovem, com menos de 24 anos, por isso a importância de ações dentro das escolas.
De acordo com a médica da Secretaria da Saúde Letícia Ikeda, a necessidade de trabalhar o tema entre os mais jovens existe porque a queda nos índices de contaminação nessa parcela da população está abaixo do esperado. “Isso nos mostra que, apesar de termos opções de prevenção eficazes, a incidência entre os jovens segue preocupante. É por isso que a gente foca neles”, afirma Letícia.
O programa de cooperação com a Unesco atua na prevenção, alerta para o uso de preservativo e aborda questões como álcool ou drogas, já que essas substâncias estão diretamente atreladas ao risco de contaminação. Por meio do projeto “Tô dentro itinerante”, que levará às escolas intervenções teatrais e contêineres interativos, adolescentes e jovens serão alertados quanto à gravidade do HIV e as consequências geradas pela aids ao longo da vida.
Serão priorizados os 21 municípios onde estão concentrados 78% dos casos da doença, com parcerias com as secretarias municipais da saúde. A intenção é informar e conscientizar o público jovem para que tenha os cuidados necessários e para que os elevados índices no Estado reduzam nos próximos anos.
A melhor solução é a prevenção e a educação, e o acesso à informação é uma das principais maneiras de deter a continuidade e a progressão dos contágios e das doenças. A iniciativa, inclusive, contará com um investimento do governo federal de R$ 1,1 milhão a cada ano, por meio do Incentivo às Ações de Vigilância, Prevenção e Controle das DST/aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Texto: Guilherme Hamm e Renan Arais
Edição: Marcelo Flach/Secom