Cortejo de Leonel Brizola deixa o Palácio Piratini
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O féretro do ex-governador Leonel Brizola deixou há pouco o Palácio Piratini. Na despedida, marcada pela emoção, a Banda da Brigada Militar tocou o Hino Rio-grandense e a marcha fúnebre. Foi reproduzido o Hino da Campanha da Legalidade, movimento liderado por Brizola dos porões do Palácio Piratini em 1961, que garantiu a posse do vice-presidente João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros. O governador em exercício, Antonio Hohlfeldt, familiares, políticos, amigos e populares acompanharam o percurso do esquife, que deixou a sede do governo e foi conduzido por cadetes da Guarda Fúnebre, da Academia de Polícia Militar, até a frente da Catedral Metropolitana, onde foi colocado no carro que o conduziria ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. Dali, o corpo segue para São Borja, onde será sepultado. Convicções Os momentos finais da cerimônia no Palácio Piratini e o cortejo foram acompanhados pelo presidente da República em exercício, José Alencar. Morreu alguém que passa a impressão de que todos nós, cada vez mais, temos que aprender e reaprender a defender nossas idéias. Não estou aqui para concordar com as idéias de Leonel Brizola, mas, sim, com a vida dele, de crenças e de garra. Este Palácio histórico, que já tive a honra de visitar, foi de onde ele comandou a resistência de 1961, o momento mais bonito que a minha geração presenciou e também o momento mais bonito da vide dele, disse Alencar.Ele definiu Brizola como uma ilustre figura, que sempre engrandeceu o Rio Grande do Sul e, por esta via, o Brasil como um todo. Homenagens O Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar, em posição de sentido em frente à Praça Marechal Deodoro, rendeu homenagem com três salvas de tiros. Acompanharam a urna fúnebre as bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Sul, de Carazinho, cidade natal do líder trabalhista, e do PDT. A última homenagem prestada em vida a Leonel Brizola pelo Governo do Estado foi em 18 de setembro do ano passado, quando, juntamente com o governador Germano Rigotto, ele descerrou uma placa em sua homenagem, no subsolo do Palácio Piratini, alusiva à Rede Nacional da Legalidade.