Cresce o número de vagas no comércio da Região Metropolitana de Porto Alegre
Publicação:
Cresceu 2,2% o número de postos de trabalho no comércio da Região Metropolitana de Porto Alegre neste mês de agosto, o que representa um incremento de 7 mil postos. O dado integra a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), divulgada, na manhã desta quarta-feira (30), pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS). Conforme a pesquisa, a taxa de desemprego passou de 9,4%, em julho, para 9,7%, em agosto. O número total de desempregados no período foi estimado em 184 mil pessoas, 5 mil indivíduos a mais em relação ao mês anterior.
“Historicamente, o desemprego é maior entre jovens de 16 a 24 anos em comparação as demais faixas etárias devido à pouca experiência profissional, que dificulta a inserção no mercado de trabalho. Desde janeiro desse ano, porém, esse índice vem crescendo. Em agosto, 37,1% dos profissionais em situação de desemprego encontravam-se nessa faixa etária. A redução da renda das famílias, motivada pelo aumento do desemprego dos chefes de família e pelo fechamento das vagas de trabalho, fez com que os jovens, que antes apenas estudavam, procurassem uma oportunidade no mercado de trabalho”, explica o diretor-presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Juarez Santinon.
Ainda, de acordo com a pesquisa, o nível ocupacional foi estimado em 1.713.000 indivíduos. No período, foi registrada diminuição de 3,2% do nível ocupacional na indústria de transformação, que representa menos 9 mil postos de trabalho; e de 1,5% nos serviços, que equivale a menos 15 mil postos. Segundo a posição na ocupação, o setor privado manteve-se estável no assalariamento com e sem carteira assinada e foi registrado aumento de 1,1% (2 mil postos) no número de ocupados nas demais posições, que inclui empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e profissionais liberais.
Em contrapartida, houve redução de 1,7% do contingente de autônomos, que representa menos 4 mil postos, e de 5,1% dos empregados domésticos, que equivale a menos 5 mil postos. “A economia está em um momento de recessão e a renda das famílias está diminuindo, devido ao fato de os salários não acompanharem o aumento da inflação. Isso faz com que as famílias e as empresas abram mão de alguns serviços prestados, por exemplo, pelos empregados domésticos e os autônomos como consultorias e assessorias”, esclarece a coordenadora da PED-RMPA na FGTAS, Michele Bohnert.
Em julho, os rendimentos médios foram estimados em R$ 1.852 para os trabalhadores ocupados; R$ 1.822 para os assalariados e R$ 1.686 para os autônomos.
“Com base nos dados divulgados pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, a FGTAS tem tomado algumas decisões, como a realização do Dia D - Dia Nacional de Contratação das Pessoas com Deficiência, ocorrido na sexta-feira (25). O evento que compreendeu o atendimento exclusivo para pessoas com deficiência contou com a participação de 49 Agências FGTAS/SINE, as quais encaminharam 564 trabalhadores com deficiência para vagas de emprego. Outra medida adotada é a promoção do Empregar RS, mutirão de empregos que ocorre no dia 16 de outubro em todo o estado”, destaca o diretor-presidente, Juarez Santinon.
O diretor-técnico da FGTAS, Pedro Francisco da Silva Filho, completa que o Empregar RS surge a partir da atuação da FGTAS na geração de renda e da preocupação com a empregabilidade no estado. O evento é uma das propostas previstas no Acordo de Resultados.
PED-RMPA
A PED-RMPA é desenvolvida pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), órgão vinculado à Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), em parceria com a Secretaria do Planejamento, via Fundação de Economia e Estatística (FEE), em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Fundação Seade de São Paulo. Conta com apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e recursos financeiros do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Texto: Jaíne Martins/FGTAS
Edição: Léa Aragón/Secom