Cultura celebra investimento de mais de R$ 16 milhões no setor audiovisual
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A Secretaria de Estado da Cultura soma um investimento de mais de R$ 16 milhões no audiovisual gaúcho desde 2011, entre capacitação, realização de mostras, festivais e produções de curtas, médias e longas metragens. As ações foram viabilizadas através de editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e do incentivo fiscal concedido pelo Sistema Pró-cultura RS.
A diretora de economia da cultura, Denise Viana Pereira, destaca o crescente investimento na área de produção audiovisual do Rio Grande do Sul e ressalta projetos futuros para o Estado: “Estabelecer uma política de financiamento via FAC era uma meta do governo. Com os editais do Fundo de Apoio à Cultura, o objetivo de focar no audiovisual era retomar para o Estado a posição de um dos polos audiovisuais do país. Ação importante pelo que o audiovisual representa em si e também porque a área é indiscutivelmente uma das que tem maior potencial de desenvolver a economia da cultura”, afirma.
A aposta de investir no FAC, estabelecido por lei em 2001, com o maior investimento direto nos processos criativos nas diversas regiões do Estado, veio ao encontro desta ideia. Entre os meses de abril e junho deste ano, o público gaúcho pode conferir o resultado de um dos editais do FAC através da emissora pública do Estado. A TVE apresentou o Documenta Rio Grande, com 12 documentários inéditos realizados por produtoras gaúchas, e o Histórias do Sul, com quatro minisséries também inéditas e produzidas por realizadores do Estado. O material foi produzido através do edital Rio Grande do Sul Polo Audiovisual, com investimento de R$ 1,26 milhão às produtoras locais.
Uma das produções apresentadas no Histórias do Sul foi a minissérie em quatro capítulos “Bocheiros”, que fala sobre a rivalidade entre duas cidades, as fictícias Sereno do Sul e Nova Serração, que se mobilizam em torno do Campeonato Mundial de Bocha que ocorrerá em Sereno do Sul, reabrindo velhas cicatrizes que o tempo não foi capaz de curar. No mesmo edital, “A linha imaginária”, abordou aspectos geográficos do estado, apresentando as peculiaridades e a cultura da fronteira seca do RS com o Uruguai.
Na LIC, um dos selecionados é o filme longa-metragem “Oxigênio”, de 100 minutos, que se desdobrou também em micro-série de TV com 04 capítulos de 25 minutos, sendo exibido no Programa “Curtas Gaúchos”, da RBS TV.
“Nega Lu” é um projeto de documentário sobre a vida pública e privada de uma personagem, ativista cultural e política, que viveuem Porto Alegreentre os anos 70 e 2000, e foi selecionado no edital 41/2012, que compôs o 12º Prêmio Iecine. No edital 39/2013, de finalização de longas, um dos contemplados foi “O Bom Fim nos anos80”, que através de um passeio realizado de dentro de um ônibus da Capital, fala sobre o período compreendido entre o final dos anos 70 e o início dos anos 90: A Esquina Maldita, a Ditadura Militar, os artistas da época, o deslocamento da boemia para o centro da Osvaldo Aranha, o chamado Baixo-Bom Fim, a abertura do Bar Ocidente, os espaços para os novos artistas.
Atualmente, a produção cinematográfica do Rio Grande do Sul comemora o edital RS Polo Audiovisual para Produção em longa metragem que vai financiar dez novas produções gaúchas. O edital é inédito no Estado e foi viabilizado por uma parceria entre o Fundo Setorial do Audiovisual, gerido pela Ancine e operado pelo BRDE, e o Fundo de Apoio à Cultura do RS, integrante do Sistema Pró-cultura RS. O valor dos recursos é de R$ 5 milhões, sendo R$ 2 milhões do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Estado da Cultura e R$ 3 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
Texto: Clarissa Froemming Pont
Edição: Redação Secom