Não se pode planejar um governo para o Rio Grande do Sul sem levar em conta suas potencialidades. O Estado, estrategicamente colocado no centro dos maiores mercados da América do Sul, possui significativas fontes de riqueza, ótimas condições climáticas e uma base produtiva diversificada. Temos experiência na economia tradicional, no cooperativismo e na economia solidária. Por outro lado, estamos nos preparando para a nova economia, trabalhando o amplo potencial da indústria naval, a energia eólica, o petróleo e gás. Estes fatores, somados à capacidade humana acumulada, ampliam nossas condições de sucesso.

O desenvolvimento é objetivo estratégico. Construir as condições para estimular um processo sustentável, baseado no combate às desigualdades sociais e regionais, é o desafio que se impõe.

Dificuldades existem. A economia globalizada produz reflexos locais, advindos da instabilidade da Europa, da participação da China no cenário mundial, das medidas protecionistas dos parceiros comerciais do Brasil, do câmbio, e todos os outros fatores conhecidos. Problemas que estão sendo equacionados em sintonia com o Governo Federal.

Propomos uma agenda para o crescimento, utilizando ferramentas diversas. Assim, criamos um sistema composto por um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, uma Agência de Desenvolvimento, o Programa de Combate às Desigualdades Regionais, os Diálogos para o Desenvolvimento e as Interiorizações, que se vale de toda a estrutura do governo para produzir ações que aumentem a nossa capacidade produtiva.

Combater as desigualdades é promover, num determinado território com menor dinamismo econômico, a retirada de gargalos e/ou estimular um Arranjo Produtivo Local. Isto pode ser alcançado com a pavimentação de uma estrada, com a construção de uma ponte, com a capacitação através de uma escola técnica ou de uma extensão universitária, com incentivos para ampliar a atividade econômica, desde um microcrédito, de um financiamento ou um Fundopem/Integrar, até programas de irrigação, de industrialização ou de redes de cooperação.

O governo acredita neste caminho, apostando em processos de gestão inovadores e se colocando ao lado do setor produtivo gaúcho para, juntos, promover o desenvolvimento.

Beto Grill
Vice-governador do Estado e coordenador do Programa de Combate às Desigualdades Regionais