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Ditadura Argentina no Memorial do RS

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O Memorial do Rio Grande do Sul (Praça da Alfândega, s/nº), instituição da Secretaria de Estado da Cultura, disponibiliza gratuitamente, a partir de terça-feira, dia 25 de abril, o livreto “Argentina: Ditadura e Terror (1976-2006)”. De autoria do historiador Voltaire Schilling, os exemplares podem ser adquiridos no prédio do Memorial, das 10h às 18h, de terça a sábado, enquanto durarem os estoques. O livreto de 35 páginas também pode ser baixado pelo site www. memorial.rs.gov.br, junto com os outros volumes da série “Cadernos de História Memorial”. Mais informações pelo telefone (51) 3226.5350. Nos sete anos que se seguiram ao dia 24 de março e 1976, com o golpe que derrubou a presidente Maria Estela de Perón, a Argentina enfrentou o “Processo de Reorganização Nacional” (1976-1983), um dos “mais brutais e sanguinários episódios de sua história”, diz a publicação. O primeiro capítulo atesta os números de vítimas deixadas ao final da ditadura militar, encerrada em dez de dezembro de 1983. Contabilizou-se o desaparecimento de mais de oito mil pessoas e um número que pode chegar a até 30 mil vítimas civis. “Até os nossos dias, a ciência política jaz perplexa frente ao que aconteceu no mais próspero dos países latino-americanos”, escreve Voltaire Schilling. “Argentina: Ditadura e Terror (1976-2006)” retrata fatos que precederam a implantação do regime militar no país, como a entrada de grupos revolucionários marxistas e peronistas na luta armada, entre eles, Los Montoneros, o seqüestro e assassinato do General Pedro Aramburu em 1970, o retorno do presidente exilado Juan Domingo Perón em 1973 e sua morte, quatro anos depois, e a Triple A, a Alianza Anticomunista Argentina, criada para assassinar extremistas ou qualquer simpatizante de esquerda. A brutalidade dos anos de chumbo e suas conseqüências para o país, onde, “poucas famílias não tiveram alguém atingido de alguma forma pela repressão que se abateu sobre a nação” estão nas páginas do impresso. Trecho: “O terror desencadeado pelo Estado Exterminador tinha um efeito expansivo. O seu objetivo maior era introjetar o medo em cada um dos indivíduos, estivessem eles, ou não, acumpliciados com a subversão. A possibilidade do aniquilamento físico, antecedido por seções brutais de tortura – eufemisticamente designadas como ‘meios especiais de interrogatório’ – aplicadas no Campo de Maio, na capital, como no Campo da Ribeira, em Córdoba, devia paralisar completamente a ação dos grupos de combate e suas unidades de apoio”.
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