DPA erradica focos de Mal de Aujeszky
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A descoberta de dois focos de Mal de Aujeszky levou uma equipe do Departamento de Produção Animal (DPA) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA) a adotar, nesta terça-feira (09), medidas sanitárias no município de Aratiba, próximo a Erechim, região norte do Estado. A suspeita da doença foi comunicada, em 29 de agosto pela inspetoria veterinária local ao DPA. Exames laboratoriais confirmaram a doença em 4 de setembro. Os suínos contaminados foram sacrificados e o restante dos plantéis será abatido até esta quarta-feira no frigorífico da Cotrel. Todas as medidas determinadas pelo Código Sanitário Internacional da Organização Internacional de Epizootiazes (OIE) estão sendo aplicadas, afirma a diretora do departamento, veterinária Ildara Vargas. O código recomenda interdição das granjas onde ocorreram os focos e outras que tiveram contato direto com as infectadas; identificação das propriedades em um raio de cinco quilômetros; restrição do trânsito de suínos na região; sacrifício dos exemplares com sintomatologia clínica e abate do plantel sem sintomatologia clínica. O DPA concluirá, até o dia 11 deste mês, a sorologia em animais de 110 propriedades em um raio de cinco quilômetros dos focos. Também manterá barreiras em pontos estratégicos da região para evitar o tráfego de suínos. As propriedades atingidas serão desinfectadas e passarão por vazio sanitário durante 30 dias. Os sacrifícios e abates serão indenizados pela Cotrel e pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa), no valor de aproximadamente R$ 300 mil. Em 31 de janeiro deste ano, foi erradicado foco de Mal de Aujeszky no município de Pinheirinho do Vale, onde ocorreu sacrifício de 2.561 animais e abate de outros 5.950 em frigorífico catarinense. O custo das total de gastos com chegou a R$ 744,8 mil, dos quais R$ 631,4 mil destinados a indenizações. A doença, também conhecida por pseudo-raiva, infecta suínos, tem período de incubação de sete dias até o aparecimento dos primeiros sinais, como sintomatologia nervosa em leitões e elevado número de abortos nas fêmeas gestantes. O Mal de Aujeszky não influi nas exportações, com exceção do mercado russo, que, por acordo bilateral, só compra carne suína de municípios onde não haja ocorrência da doença nos últimos 12 meses. Até maio de deste ano, o Rio Grande do Sul venceu para o exterior 63,3 mil toneladas do produto, dos quais 44,5 mil toneladas para a Rússia.