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Em dois anos do programa Todo Jovem na Escola, cresce número de estudantes que permanecem em sala de aula

Entre os alunos que participaram do TJE em 2022, 97,7% deram continuidade aos estudos em 2023

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Coletiva do TJE
Gabriel ressaltou a reformulação do programa em 2024, com auxílio material escolar, poupança aprovação e auxílio engajamento - Foto: Rodrigo Ziebell/Ascom GVG

O vice-governador Gabriel Souza apresentou à imprensa, nesta quinta-feira (17/10), os números dos dois primeiros anos do programa Todo Jovem na Escola (TJE). O balanço, que mostra queda nas taxas de abandono escolar entre os participantes do programa, também foi apresentado pelas secretárias da Educação, Raquel Teixeira, e de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, e pelo diretor do Departamento de Planejamento Governamental (Deplan), Henrique Acosta.

“O Todo Jovem na Escola é um grande sucesso. Conseguimos diminuir – entre os participantes do programa, que são os mais vulneráveis, ou seja, os de menor renda – as taxas de abandono e não conclusão do ano escolar. O governo do Estado está investindo R$ 240 milhões por ano nesse pograma e, a partir destes números que apresentamos hoje, acreditamos que estamos no caminho certo para melhorar os índices de abandono escolar no Rio Grande do Sul”, afirmou Gabriel.

Gabriel Souza na coletiva do TJE
O vice-governador destacou a importância dos investimentos para melhorar os índices de abandono escolar no Rio Grande do Sul - Foto: Rodrigo Ziebell/Ascom GVG

A análise mostra que 97% dos alunos que participaram do TJE em 2022 deram continuidade aos estudos em 2023. Além disso, 47% dos alunos que não participaram do programa em 2022 passaram a ser beneficiados no ano seguinte. O destaque foi para os indígenas, que tiveram uma queda no índice de abandono escolar de 7,6% para 4,4% de um ano para o outro.

Os números também mostram que em 2022 os não participantes do TJE tiveram 14% mais chances de abandonar os estudos do que os participantes do programa. Essas chances de abandono aumentaram para 62% entre os que ficaram de fora.

Além da não participação do TJE, outros fatores são associados à evasão, como idade superior, ser do gênero masculino, raça/cor não branca e alunos residentes de zona urbana.

Taxas de abandono e de não conclusão no programa Todo Jovem na Escola — 2022 e 2023

TAXAS

2022

2023

Participou

Não participou

Participou

Não participou

Abandono

4,2%

5,1%

3,6%

6,3%

Não conclusão

15,5%

17,2%

12,2%

18,4%

A secretária da Educação afirmou que os dados apresentados colaboram para a construção e o desenvolvimento das políticas públicas e proporcionam mais equilíbrio entre os diferentes grupos de estudantes.

“A avaliação ainda demonstrou que o programa foi capaz de fornecer maior equidade entre as taxas de permanência dos estudantes em vulnerabilidade social frente aos seus demais colegas. Isso é indicado pela taxa de não conclusão atingida pelos beneficiários que receberam bolsas do programa em 2023, que ficou em 12,2%, equivalente à taxa média dos estudantes, 12,3%, e contrastando com a taxa de 18,4% dos estudantes vulneráveis que não retiraram o Cartão Cidadão”, explicou Raquel.

O programa, executado pela Secretaria da Educação (Seduc), teve início em 2022 e, em apenas dois anos, os resultados reforçam a importância de políticas públicas para a manutenção de jovens na escola. Desde 2023, o programa integra os projetos especiais coordenados pelo Gabinete do Vice-Governador (GVG).

Coletiva TJE
Os resultados apresentados reforçam a importância de políticas públicas para a manutenção de jovens na escola - Foto: Rodrigo Ziebell/Ascom GVG

“O novo Todo Jovem na Escola, reformulado neste ano, é ainda mais robusto. Agora tem auxílio material escolar, poupança aprovação e também um auxílio engajamento para os alunos do terceiro ano que fizerem as provas de avaliação da educação pública. Essas medidas poderão trazer resultados ainda melhores”, reforçou o vice-governador.

Política baseada em evidências

Os números apresentados são resultado de um estudo realizado pelo Departamento de Planejamento Governamental, vinculado à Subsecretaria de Planejamento da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). A análise foi realizada a partir dos dados fornecidos pela Seduc.

"O Todo Jovem na Escola é um programa estratégico, devidamente monitorado pelo governo, que demonstra a prioridade da educação na administração estadual e que serviu como inspiração para o governo federal desenvolver um programa em âmbito nacional. A SPGG tem acompanhado os dados e foi a responsável pela avaliação dos resultados, trabalho fundamental no entendimento do público que queremos atender e para a implementação de melhorias nas políticas públicas em andamento", destacou titular da SPGG.

Sobre o programa

O Todo Jovem na Escola foi lançado em 2021 para reduzir o impacto da pandemia na rede estadual e incentivar a conclusão do Ensino Médio. O programa já beneficiou cerca de 160 mil estudantes e distribuiu quase 1,5 milhão de bolsas-auxílio entre 2022 e 2023.

Neste ano, o programa foi reformulado e passou a conceder quatro incentivos: bolsa permanência, auxílio material escolar, poupança aprovação e prêmio engajamento. Os auxílios contemplam alunos regularmente matriculados que tiverem pelo menos 75% de frequência e que estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica, pertencentes a famílias cadastradas no CadÚnico, com renda per capita de até R$ 660 mensais.

Ao final de cada ano no Ensino Médio, os estudantes recebem até dez bolsas mensais no valor de R$ 150, sendo que os alunos de tempo integral e técnico integrado ao Ensino Médio recebem R$ 225. No início de cada ano letivo, o valor igual ao de uma bolsa mensal é pago ao aluno, após a matrícula, para auxiliar na compra do material escolar. Ao concluir o ano letivo, o valor de duas bolsas mensais é depositado em poupança. Ao final do Ensino Médio, o estudante poderá sacar o valor integral ou, a cada final de ano letivo, poderá sacar 25% dos rendimentos.

Aos estudantes do 3º ano do Ensino Médio que participarem do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (Saers) e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), serão pagos R$ 150 como prêmio engajamento.

Texto: Dayanne Rodrigues e Juliane Pimentel/Ascom GVG
Edição: Camila Cargnelutti/Secom

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