Em Manaus, BRDE aborda impactos no desenvolvimento econômico a partir do combate à criminalidade no RS
Avanços do Estado foram apresentados no Fórum Nacional de Segurança Pública
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O Programa RS Seguro foi um dos destaques do 19º Encontro do Fórum Nacional de Segurança Pública, que ocorre de 13 a 15 de agosto, em Manaus, no Amazonas. No evento, o diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Júnior, apresentou dados da segurança pública do Estado, destacando como a queda dos indicadores de criminalidade pode impactar positivamente no desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul.
“Provamos que é possível virar o jogo na segurança a partir de uma gestão integrada e com investimentos. Além de todos os custos derivados que a violência representa, com despesas em hospitais e perdas patrimoniais, ela impacta no ambiente de negócios”, salientou Ranolfo durante sua participação no evento, nesta quinta-feira (14/8).
Responsável direto pela estruturação do Programa RS Seguro, lançado no início de 2019 quando era vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo apresentou exemplos de municípios gaúchos que conseguiram ampliar as taxas de crescimento do PIB em uma proporção inversa ao número de homicídios. “Ao mesmo tempo em que se devolve às pessoas o direito de viver sem medo, a segurança pública é pré-condição para o desenvolvimento social e econômico”, acrescentou.
Um dos casos citados no painel é Alvorada, que já foi a sexta cidade mais violenta do país e, atualmente, apresenta PIB acima de 3% ao ano. Em 2017, o município chegou a registrar 114,3 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, indicador que no primeiro semestre deste ano despencou para 9,6 assassinatos por 100 mil habitantes.
O BRDE é vinculado ao governo do Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). “A presença do BRDE em um evento de grande relevância, ressaltando as ações que o Estado promoveu para aprimorar a eficiência da segurança pública, demonstra que estamos nos tornando um Estado ainda melhor para viver e investir, com um futuro promissor pela frente”, disse o titular da Sedec, Ernani Polo.
Plano Rio Grande
Transformar o Rio Grande do Sul em um local mais seguro é uma das diretrizes previstas em um projeto de Estado. Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
Impactos
Os financiamentos do BRDE, realizados ao longo da vigência do RS Seguro, cresceram acima da média na comparação com os outros Estados onde o banco opera. O volume de crédito dobrou de R$ 1,1 bilhão em 2020 para R$ 2,23 bilhões em 2024. “O setor do turismo, por exemplo, é uma das áreas mais sensíveis. Quando temos a chamada sensação de segurança, o turista volta e os investimentos crescem”, ponderou.
Com foco específico em ampliar o uso da inovação no combate à criminalidade, houve o financiamento contratado pela empresa DGT Tecnologia, que desenvolveu um software modular (Vision IA), que integra câmeras, sensores e inteligência artificial para monitoramento urbano, controle de tráfego, segurança escolar e análise de dados em tempo real. “A redução nos indicadores de furtos e roubos de veículos comprova o quanto a inteligência e as novas tecnologias são pilares de qualquer política pública de segurança”, frisou. A atuação do BRDE na estruturação de parcerias público-privadas (PPPs) para modernização da iluminação pública nos municípios também pode ser considerada como um fator que contribui para a segurança das comunidades.
RS Seguro
Lançado em fevereiro de 2019, o RS Seguro está estruturado a partir da integração dos órgãos de segurança, do uso de inteligência e de evidências no combate ao crime, além da ampliação dos investimentos, de políticas sociais e de mudanças no sistema prisional. Nestes seis anos, o programa reduziu de maneira expressiva os principais indicadores da violência na comparação entre os anos de 2017 e 2024: latrocínios (-78%), homicídios e agressões seguidas de morte (-48%), roubos no comércio (-80%), roubo de veículos (-87%) e roubo de carga (-90%).
Texto: Ascom BRDE e Sedec
Edição: Secom