A diversidade de sementes crioulas de milho e feijão, mantidas e cultivadas pelos agricultores gaúchos, pode ser conferida na mostra da agrobiodiversidade, no Caminhos da Integração, espaço da Emater, Fepagro e Ufrgs, na Expointer 2003, quadra 37. O agrônomo da Emater, Luiz Rogério Boemeke, explica que as sementes crioulas são variedades muito antigas, que foram mantidas pelos agricultores ao longo do tempo e hoje ainda são cultivadas. Alguns agricultores mantém essas sementes há mais de 90 anos, diz. Na exposição, estão expostas 126 amostras de milho crioulo - de 25 variedades diferentes - e 17 de feijão. Essas sementes são provenientes de 36 municípios gaúchos. Para Boemeke, é importante que os agricultores preservem essas sementes, mantendo a diversidade biológica e reduzindo a dependência da compra de sementes convencionais. O agrônomo explica que muitas variedades crioulas apresentam uma resistência maior às pragas que atacam na armazenagem e que há algumas bastante apropriadas para o consumo humano (milho verde) e para a fabricação de farinha para a alimentação. Visitando o local, as pessoas podem conhecer as variedades disponíveis, saber quem são os produtores que as possuem e de que município são, para que possam fazer contato com esses agricultores, através da Emater, caso tenham interesse. Ao final da Expointer, segundo Boemeke, as amostras de milho expostas serão distribuídas.