A Emater/RS-Ascar promoveu uma demonstração de preparo de óleo para dores musculares e pomada para problemas de pele para a Associação de Pessoas com Deficiência Física Azaleia, na sede da entidade, em Nova Petrópolis. Esta foi a terceira atividade neste ano com o grupo. O foco é a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar dos participantes. 

"Fizemos um trabalho usando as plantas bioativas para aliviar alguns dos sintomas, como as dores, que são comuns nos cadeirantes, pessoas que usam muletas ou que têm limitações de movimento. Preparamos um óleo de massagem com manjerona, que é uma planta anti-inflamatória e que diminui as dores musculares e nas articulações, ao mesmo tempo em que é descongestionante e ajuda a proteger a pele. Também fizemos uma pomada com calêndula, uma planta que ajuda a proteger e evitar a formação de escaras na pele, comuns em cadeirantes e acamados", explica a extensionista social da Emater/RS-Ascar Alice Prestes Araldi.

Segundo ela, a Emater/RS-Ascar vem trabalhando de forma mais intensa com este grupo há dois anos. “Na associação, é trabalhado tudo o que traga benefícios e que eles possam aproveitar, desde o entretenimento até palestras com profissionais da saúde, e nós, da Emater, temos feito um trabalho mais forte com relação às plantas bioativas. Há uma atividade para o reconhecimento das plantas condimentares e o uso delas em substituição ao sal, reduzindo o uso deste produto na alimentação e qualificando o teor nutricional e o sabor desses alimentos", explica a extensionista. O grupo também aprendeu a identificar plantas medicinais e a preparar corretamente os chás. "Usa-se muito o chá como bebida, mas na hora de usá-lo como remédio existe um preparo específico, com certos cuidados, para que se tenha sucesso", afirma Alice.

Roseli Thiel Böttchir, que integra a associação há seis anos, diz que gosta do trabalho da Emater/RS-Ascar e que ele traz benefícios para quem participa das atividades. "A gente aprendeu a fazer temperos para colocar na comida e também chás para doenças respiratórias, inflamações e dores. Eu sabia alguma coisa, mas não a forma adequada de uso dessas plantas", relata. "A parceria com a Emater está sendo muito importante para a associação, a Alice é uma pessoa muito querida e que tem trazido sempre ótimas palestras para nós", completa o presidente da associação, Neri Räder.


PCD Azaleia

A Associação de Pessoas com Deficiência Azaleia tem quase 23 anos. Conforme o presidente, a maior finalidade é promover a inclusão social e a garantia dos direitos das pessoas com deficiência física. Atualmente, o grupo conta com 25 integrantes e se reúne duas vezes por mês para atividades como palestras, oficinas e confraternizações.

De acordo com Räder, Nova Petrópolis tem em torno de 1.350 pessoas com alguma deficiência. "A gente tem feito um trabalho para trazer mais pessoas para participar, principalmente do meio rural. Em parceria com a prefeitura, a Secretaria de Saúde e Assistência Social e o PCD Azaleia, procuramos, identificamos e cadastramos essas pessoas que ainda estão em situação de exclusão, muitas vezes isoladas em suas casas pela dificuldade de acesso, para que participem do grupo e tenham seus direitos garantidos, seja de acesso, de documentação e também para que tenham uma vida em grupo com mais qualidade e mais prazer de viver”, afirma a extensionista da Emater/RS-Ascar.

Assim que for possível, a associação também pretende ampliar as atividades com o grupo. "Estamos, aos poucos, trazendo pessoas que não têm esse convívio social para a associação e queremos incluí-las nas atividades. Pretendemos também começar a proporcionar aulas de informática, música e artesanato para a inclusão no trabalho", conclui Räder.

A associação não cobra mensalidade e se mantém graças ao trabalho voluntário, doações, rifas e eventos. No dia 8 de agosto, o grupo estará comercializando galeto assado com salada para a comunidade. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente na prefeitura e na Igreja Evangélica Luterana, onde o produto pode ser retirado na Igreja.

Apae

Em Nova Petrópolis, a Emater/RS-Ascar também desenvolve um trabalho com a Apae, especialmente na área da gastronomia. "A gente já faz oficinas de confecção de biscoitos de Natal, que são tradicionais da cultura alemã, em que as crianças preparam os biscoitos, pintam, fazem o pacotinho e levam para casa, além de outras oficinas culinárias e de artesanato”, relata Alice.


Texto: Rejane Paludo/Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias
Edição: Léa Aragón/CCom