Empresa coureiro-calçadista investirá R$ 25 milhões no Estado
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O governador Germano Rigotto assinou, hoje (19), juntamente com o diretor-presidente da Calçados Beira-Rio, Roberto Argenta, protocolo de intenções de investimento de R$ 25 milhões da empresa, nos próximos seis anos, na ampliação de cinco de suas plantas industriais no Estado. O investimento deve gerar 260 empregos nos próximos cinco anos. É muito importante que em momento tão dramático para o setor coureiro-calçadista, uma empresa da área anuncie investimento e aposte no crescimento, afirmou o governador, destacando que a Calçados Beira-Rio encontra-se em uma situação mais confortável que a maioria das outras empresas porque exporta apenas 8% de sua produção. Rigotto enfatizou que a política cambial do governo federal, com o real supervalorizado em relação ao dólar, é a principal causa da crise no setor. O governador adiantou que nas próximas semanas deverá acompanhar representantes da indústria coureiro-calçadista a Brasília para um encontro com o presidente Lula. Na agenda, o aumento da tarifa sobre a exportação do couro tipo wet blue dos atuais 7% para 9% e providências para restringir a entrada indiscriminada de calçados chineses no mercado brasileiro. A Calçados Beira-Rio tem plantas industriais em Roca Sales, Taquara, Igrejinha, Osório e Novo Hamburgo, além de parceria com a empresa Eva Sinos, em Sapiranga. A empresa emprega 3,7 mil funcionários nas seis unidades e produz 1,8 milhão de pares por mês. O diretor-presidente da Calçados Beira-Rio, Roberto Argenta, relata que o investimento será na modernização de equipamento e aumento das instalações de suas fábricas: A intenção é agregar valor ao produto para escapar da concorrência chinesa e criar um produto diferenciado, investindo na qualidade, declarou Argenta. O secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, adiantou que as negociações entre a empresa e o Governo do Estado para a obtenção do Fundopem e do Integrar/RS estão praticamente acertadas. O Governo do Estado está muito interessado em diminuir as mazelas que o setor coureiro-calçadista vem enfrentando, disse Ponte, lembrando que neste ano houve cerca de 10 mil demissões nas indústrias do setor no Vale do Sinos.