Equipe da Companhia Riograndense de Mineração conhece projeto de Pequena Central Térmica do Paraná
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Em visita à Companhia Paranaense de Energia (Copel), nesta segunda-feira (7), o presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Elifas Simas, conheceu o projeto de Pequena Central Térmica (PCT) de 20 Mw que irá substituir a Usina Termo Elétrica (UTE) Figueira (localizada no município de mesmo nome).
Acompanhado por engenheiros da CRM, Acompanhado por engenheiros da CRM, Simas teve a oportunidade de examinar questões técnicas e financeiras para implantação de projeto semelhante no Rio Grande do Sul.
Basicamente focada na manutenção econômica e social da cidade de Figueira e região, o projeto da Copel objetiva a manutenção das atividades de mineração do carvão e geração energética após o fechamento da UTE do município. Apesar da viabilidade financeira da PCT ser considerada acanhada, sua implantação pode conter o desemprego e paralisação de empreendimentos decorrentes da paralisação da usina nos próximos anos.
O exemplo paranaense pode ser fundamental para adequações ao projeto gaúcho de PCT que ainda está em fase de avaliações acerca da viabilidade ambiental, técnica e econômica. Sob a coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Logística, um Grupo de Trabalho (GT) formado pela Cientec, CRM, CEEE, vem estudando a viabilidade da proposta há dois anos e busca alternativas aos impedimentos provocados pela estimativa de custos em relação ao preço da energia gerada.
Para resolver a questão, o GT continua estudando otimizações, como por exemplo, considerar receitas a serem auferidas com subprodutos, como com tijolos especiais feitos com as cinzas geradas no processo termelétrico.
“Todas as informações colhidas com os profissionais da COPEL foram muito úteis e alguns aspectos devem nortear algumas novas abordagens técnicas para o projeto gaúcho na busca de uma melhor condição de viabilização econômica”, frisou Simas.
Uma questão importante que se denotou para o caso paranaense diz respeito aos níveis de emissões que o órgão de licenciamento ambiental admite, diferentemente do que ocorre no RS. Enquanto que as limitações para o Paraná são de 1.300 mg/Nm3 para SOx, 500 mg/Nm3 para NOx e 250 mg/Nm3 para material particulado, no RS estas limitações são muito mais restritivas, respectivamente, 400, 400 e 50 mg/Nm3.
De outra parte, no que tange à importante tarefa de abater SOx no processo de combustão, a COPEL tem acesso a um calcário calcítico que no RS não se encontra comercialmente disponível (com 86% de CaCO3). Com um calcário desta natureza, e com o nível de emissões de SOx estipulado pelo órgão ambiental, é viável tecnicamente abater-se o SOx em nível satisfatório, somente com a combustão interna, ou seja, sem a necessidade de uma associada instalação de uma instalação de dessulfuração externa, o que tem efeito positivo importante para o capital necessário para o empreendimento.
Dentre as questões que deverão ser investigadas para a otimização do projeto podem ser citadas três de maior efeito. Uma delas diz respeito a um aumento da escala operacional, ou seja, em vez de 20 MW, considerar uma planta de 30 MW. Outra hipótese é a de trabalhar com uma caldeira com uma maior pressão de trabalho, como por exemplo, 80 kgf/cm2, o que implica num maior rendimento térmico da planta. No projeto atual, a pressão de trabalho considerada é de 63 kgf/cm2. Um aumento de receitas a serem obtidas com o projeto, a partir da fabricação e comercialização de subprodutos da planta, também contribuirá para a viabilidade.
Texto: Assessoria CRM
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305