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Estado e Prefeitura de Carazinho alinham ações para combater a chikungunya

Município tem 209 casos da doença, com dois óbitos

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Numa rua residencial de pedra, um agente de saúde com roupa de proteção branca cobrindo todo o corpo caminha com o equipamento de inseticida nas costas. Há um carro branco do Cevs estacionado.
Centro Estadual de Vigilância em Saúde emprestou veículos ao município para aplicação de inseticida contra o mosquito - Foto: José Luis Zasso/Ascom SES

O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (SES), está mobilizado para auxiliar o município de Carazinho no enfrentamento da chikungunya, uma das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Na terça (6/5) e nesta quarta-feira (7/5), uma comitiva de técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs); dos Departamentos de Atenção Primária e Políticas de Saúde (Dapps) e de Gestão da Atenção Especializada (Dgae); e da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde realizou reuniões com a equipe no município e acompanhou o trabalho de campo da SES no combate ao mosquito em bairros com registros da doença.  

Carazinho tem 209 casos e dois óbitos confirmados. Outras três mortes ainda estão em investigação. “Nosso objetivo é fortalecer orientações de vigilância em saúde e de manejo clínico da chikungunya, ouvindo o município, entendendo as particularidades e avaliando possibilidades e estratégias de enfrentamento”, explicou a diretora Cevs, Tani Ranieri.

Entre outras ações do Estado, o Cevs também emprestou veículos ao município para a aplicação de inseticida contra o mosquito, forneceu testes rápidos para a dengue e possibilitou capacitação para manejo clínico às equipes locais.  

A secretária municipal da Saúde, Carmen Beatriz dos Santos, destacou que Carazinho tem adotado várias estratégias de prevenção. Dentre elas, a instalação de ovitrampas, a aplicação de inseticidas, o reforço de orientações para as equipes da atenção básica e a utilização de drones para identificação de criadouros do mosquito onde há recusa de acesso para os agentes de combate a endemias.  

Na manhã desta quarta, a comitiva da SES foi recebida pelo prefeito de Carazinho, João Pedro de Albuquerque. Na reunião, o prefeito destacou que o Estado tem sido parceiro desde os primeiros casos de chikungunya. “O município isoladamente não teria condições de enfrentar o problema de uma maneira ágil e intensa, e a união da administração pública estadual e municipal é fundamental. Temos contado muito com o trabalho do governo estadual”, afirmou.  

Ao ressaltar que o Aedes Aegypti se prolifera muito rapidamente, Albuquerque salientou que seu controle exige um trabalho árduo da administração pública e da comunidade. “Estamos convocando as pessoas para ajudar nesse processo, limpando suas casas e seus terrenos, porque em pequenos espaços onde há armazenamento de água o mosquito se prolifera”, lembrou.  

A equipe da SES também reforçou a necessidade de adesão do município a políticas públicas estaduais, como o Qualifica Vigilância RS e o Imuniza Escola.

Chikungunya

Doença febril causada por um vírus, a chikungunya é caracterizada por dores fortes, especialmente nas articulações. Os sintomas duram até sete dias.

A principal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do Aedes aegypti. Outras maneiras menos comuns de contaminação são por meio de transfusão de sangue ou da gestante para o bebê. Não há transmissão por contato direto com um doente.  

Febre alta; dor intensa nas articulações, atrás dos olhos, de cabeça e muscular; manchas vermelhas na pele; cansaço; inchaço nas articulações; calafrios; vômitos; e diarreia são os principais sintomas. No entanto, cerca de 30% dos casos não apresentam sinais da doença.

Em caso de suspeita, deve-se ingerir muita água, procurar um serviço de saúde e evitar uso de medicamentos por conta própria. O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso.  

Prevenção

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti – como a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e a eliminação dos objetos com água parada – são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual. 

Texto: Ascom SES
Edição: Felipe Borges/Secom

 

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