Fase final da colheita de abacaxi em Terra de Areia
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Os produtores de abacaxi de Terra de Areia não têm motivo para se queixar. Com o inverno seco e de temperaturas amenas ocorrido em 2004, a colheita começou em novembro. Conforme projeção do chefe do escritório da Emater no município, Volnei Leitzke, no mínimo 70% da safra de 1,67 mil toneladas e 2,3 milhões de frutos foram comercializados. Os 30% restantes, plantados tardiamente, serão retirados do solo até março. Os agricultores aproveitaram a demanda das festas de final de ano e do veraneio para vender a produção e ter dinheiro no bolso mais cedo, explica Leitzke. A Emater presta assistência técnica para 63 produtores familiares. Neste ano, as lavouras do município têm 100 hectares com mudas em primeira safra, 46 hectares em segunda safra e 147 ainda em fase vegetativa. O técnico da instituição calcula que tenha ocorrido crescimento de 8% da área cultivada e aumento de 500 mil unidades em relação à colheita anterior. O abacaxi de Terra de Areia conquistou mercado por ser apanhado no ponto exato de amadurecimento, por isso é mais saboroso se comparado ao de outras regiões, justifica Leitzke. Os frutos, da variedade pérola, são negociados principalmente na Ceasa, em Porto Alegre, ou para intermediários. O preço da unidade, ainda na propriedade rural, fica em torno de R$ 0,60. A lavoura do agricultor Edir Lima de Espíndola, por exemplo, recém começou a produzir. Ele colheu apenas 3 mil frutos de um total de 35 mil que pretende comercializar até os próximos três meses. Na avaliação de Leitzke, a vantagem de vender tarde, fora do auge de consumo, quando o fruto começa a escassear, é que se pode conseguir preço maior.