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Festa da Laranja em Iraí abre espaço para discussão da citricultura

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Com mais de 300 citricultores, uma área em produção de 245 hectares e a estimativa de ampliar em 150 hectares nos próximos três anos, a citricultura é uma atividade importante para o município de Iraí. Confirmando essa informação, na última sexta-feira
Festa da Laranja em Iraí abre espaço para discussão da citricultura

Com mais de 300 citricultores, uma área em produção de 245 hectares e a estimativa de ampliar em 150 hectares nos próximos três anos, a citricultura é uma atividade importante para o município de Iraí. Confirmando essa informação, na última sexta-feira (27), foi realizado o Seminário Municipal de Citricultura, na Biblioteca Municipal. O evento reuniu cerca de 60 produtores e fez parte da programação da 7ª Festa da Laranja, promovida pela Prefeitura e Associação Comercial e Industrial de Iraí, com o apoio da Emater/RS-Ascar.

O Seminário compõe a agenda de discussão sobre o desenvolvimento do Programa de Citricultura para a região da Produção. As reuniões iniciaram no dia 18 de junho e 12 municípios já participaram dos debates. A previsão é de que até o dia 21 de julho esteja encerrada a rodada de discussão para, então, ser formatado o Programa para o setor Citrícola.

A realização das reuniões municipais foi uma das estratégias traçadas no Seminário Regional de Desenvolvimento da Citricultura, realizado no dia 25 de maio, em Frederico Westphalen, promovido pela Emater/RS-Ascar e Associação dos Municípios da Zona da Produção - Amzop.

De acordo com o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Oriberto Adami, que palestrou em Iraí, faz parte das ações da extensão rural levar informação ao produtor, visando a diversificação e a sustentabilidade da propriedade.

A citricultura é uma atividade importante para o contexto econômico da região e do município de Iraí e pode auxiliar na reconversão econômica dos municípios da Produção. A Amzop é formada por 45 municípios e, segundo Adami, a estrutura fundiária da região está baseada na agricultura familiar, o que reforça a necessidade de buscar alternativas sustentáveis.

Segundo o prefeito de Iraí e atual presidente da Amzop, Pedrinho Osvaldo Viana, em seu município a citricultura iniciou em 1990. Temos trabalhado, em parceria com a Emater, a citricultura como uma alternativa de renda para o pequeno produtor e para mantê-lo no interior.

Para ele, a atividade aparece como uma excelente oportunidade de crescimento e desenvolvimento para a região. Antigamente, cada prefeito pensava apenas em seu município, hoje se pensa em projetos para a região, analisou Viana.

Durante o seminário, o assistente técnico Regional da Emater/RS-Ascar, Ivan Guarienti, palestrou sobre a Citricultura do Rio Grande do Sul. Segundo Guarienti, a região é propícia para a produção de citros de mesa, ou seja, representa boa rentabilidade para o produtor.

Entre as potencialidades do município e região, o assistente ressaltou o solo e o clima, a vocação familiar, a mão-de-obra disponível, a determinação das entidades, a mecanização da atividade e o mercado em expansão. Guarienti alertou aos produtores para a qualidade das mudas.

De acordo com o gerente Regional, atualmente na região da Amzop existem
5.355 hectares implantados com citros, sendo que destes 3.531 hectares estão em produção. A meta é elevar esse número para 7.926 hectares até o ano de 2010. Entre os entraves elencados pelos produtores estão o certificado fitossanitário e a comercialização.

Para o produtor de Iraí, Jurandir Antônio Strojarki, que tem um pomar de um hectare de citros, a expectativa é positiva. Nossa região é de pequena propriedade e de relevo dobrado, então essa é uma alternativa que vai desenvolver a região, porque depender do grão é muito difícil. Eu pretendo ampliar minha produção para 10 ha de citros, disse Strojarki.

Próximas etapas
As reuniões sobre citricultura seguem até o dia 21 de julho. Segundo o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Oriberto Adami, em cada reunião estão sendo feitos diagnósticos, buscando apontar os entraves enfrentados pelos produtores e também estão sendo formados os Comitês Gestores Municipais. Com os subsídios levantados nas reuniões será formatado o Programa.

Entre as ações previstas após as reuniões estão capacitação de técnicos e produtores, Dias de Campo, palestras, seminários, visitas técnicas entre outras. Um dos principais objetivos é o aumento da produção. Para Adami, a atividade da citricultura encontra-se na região em um ponto intermediário, que ainda não sustenta o setor industrial, mas acredita na possibilidade de expansão e crescimento seguro, sem a competição da atividade com a área de grãos, aproveitando terras ociosas.

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