Fruticultura ganha força no Norte do Estado
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Um balanço positivo para a fruticultura da região Norte do Rio Grande do Sul, envolvendo cerca 80 municípios. Em 2007, a área destinada ao cultivo de frutas no Estado obteve um incremento de 2.161 hectares. O destaque fica para a laranja (1.684 ha), a uva (239 ha), a noz pecã (83ha), o pêssego (22ha) e a bergamota (30 ha). Esses números refletem um resultado positivo para a vida de 2.072 famílias que estão envolvidas com a atividade da fruticultura, com um investimento de mais de R$ 8 milhões. Segundo o agrônomo e assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Ivan Guarienti, o quadro favorável se dá por vários motivos, como o aumento do consumo e a excelente qualidade das frutas da região. “O nosso clima apresenta variação térmica com noites frias e dias quentes, isso deixa as laranjas, por exemplo, doces, ácidas e com coloração acentuada, características que agradam ao mercado”, explica Guarienti. Ele salienta que para o ano de 2008, a expectativa é de que 2.500 novos pomares sejam implantados na região Norte, sendo que desses, 2000 ha devem ser cultivados com laranjas. De acordo com o agrônomo, a fruticultura está se apresentando como uma excelente opção de diversificação de produção. Em alguns municípios, como em Liberato Salzano e Planalto, já se mudou a matriz produtiva. “A produção de frutas está trazendo desenvolvimento econômico e social para as famílias e para a região”, avalia Guarienti. Um pomar adulto de pêssego (com mais de seis anos) pode render ao produtor cerca de R$12 mil/ha/ano e o de laranja, em torno de R$ 8mil/ha/ano. A profissionalização do produtor vem sendo uma ferramenta importante no desenvolvimento do setor. No entanto, a produção ainda precisa ser ampliada. De acordo com Guarienti, para que haja a instalação de uma indústria de sucos, por exemplo, seriam necessários no mínimo mais 10 mil hectares de laranjas. “A atividade está crescendo, há mercado e estima-se que nos próximos 10 anos haverá falta de fruta. Portanto, há mercado comprador e a atividade é rentável”, conclui.