Em palestra na Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), na noite de quarta-feira (8/10), o vice-governador Gabriel Souza fez uma reflexão sobre o processo de transformação vivido pelo Rio Grande do Sul na última década. Diante de lideranças regionais e representantes da comunidade de Santa Maria e da região Central, ele ressaltou que o atual cenário de investimentos e obras em todas as regiões do Estado é resultado de um longo caminho de reformas estruturais e de reequilíbrio das contas públicas. 

“Às vezes, a gente esquece como era o Rio Grande do Sul há poucos anos. O Estado não conseguia pagar suas contas em dia, usava recursos extraordinários para cobrir despesas correntes e vivia uma crise estrutural. Enfrentar isso exigiu coragem e uma agenda de mudanças profundas”, afirmou Gabriel. 

O vice-governador lembrou que as medidas de ajuste começaram no governo de José Ivo Sartori, período em que ele foi líder do governo na Assembleia Legislativa, e se consolidaram nas gestões do governador Eduardo Leite, com uma série de reformas previdenciárias e administrativas, além da retomada das concessões e das parcerias público-privadas. “Fizemos três reformas da Previdência, modernizamos carreiras, enfrentamos temas que o Brasil inteiro evita discutir. Essa agenda liberal, responsável e sustentável é o que permitiu ao Estado voltar a investir e planejar o futuro”, pontuou. 

Gabriel também destacou que o Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro que mais avançou na implementação de uma agenda liberal e moderna, voltada à eficiência e à abertura para o setor privado. “Nenhum outro fez tantas concessões, privatizações e reformas quanto o nosso. Essa é a base que garante que o serviço público seja mais eficiente e que o Estado volte a ter capacidade de investir nas pessoas e nas cidades”, defendeu. Os secretários de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, e de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, além do prefeito de Santa Maria, Rodrigo Decimo, e outras lideranças da região acompanharam o painel.  

Investimentos em Santa Maria e região 

Na segunda parte da palestra, o vice-governador detalhou como o equilíbrio fiscal conquistado nos últimos anos tem permitido ao governo do Estado ampliar os investimentos e entregar resultados concretos para a população da região Central. Somente entre 2019 e 2025, foram aplicados mais de R$ 120 milhões em convênios, repasses diretos e obras executadas pelo Estado nos municípios da região, sendo quase R$ 100 milhões já pagos. 

Infraestrutura

Gabriel destacou especialmente o avanço das obras de infraestrutura viária, fundamentais para o desenvolvimento regional. Estão em execução mais de R$ 490 milhões, com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), em investimentos na recuperação e pavimentação de rodovias como a ERS-348, ERS-149, ERS-640 e ERS-241, além de novas pontes estratégicas para a mobilidade e o escoamento da produção.

Saúde

Na área da saúde, os investimentos somam R$ 45,7 milhões desde 2019, contemplando programas como o Rede Bem Cuidar, o Farmácia Cuidar+, o SER Mulher e o TEAcolhe. O Hospital Regional de Santa Maria recebeu R$ 14 milhões para modernização de equipamentos e ampliação de UTIs, enquanto a Casa de Saúde foi beneficiada com R$ 4,2 milhões em obras e novos aparelhos.

Desenvolvimento social

No campo social, Gabriel destacou programas como o Mãe Gaúcha, o Avançar SUAS, o Volta por Cima e o Centro Dia do Idoso, que juntos beneficiaram milhares de famílias na região. Apenas entre 2022 e 2024, foram aplicados R$ 12,3 milhões em ações sociais, alcançando mais de 3,4 mil famílias na região Central e 1,4 mil em Santa Maria. 

Educação

Na educação, o vice-governador destacou o restauro da Escola Olavo Bilac – que recebeu R$ 6,4 milhões e que o vice-governador também visitou durante sua passagem por Santa Maria – e obras em outras sete escolas do município, como na Walter Jobim, Érico Veríssimo e Cícero Barreto, que somam mais de R$ 20 milhões. Gabriel ressaltou que o Estado vive um salto histórico na educação, com o número de escolas de Ensino Médio em Tempo Integral passando de 18 em 2019 para 303 em 2025 e projeção de 438 até 2026. “Com equilíbrio fiscal e planejamento, o Estado voltou a investir nas pessoas, nas cidades e no futuro”, concluiu Gabriel. 

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O Rio Grande do Futuro 

Na parte final, Gabriel refletiu sobre os desafios demográficos que o Rio Grande do Sul enfrentará nas próximas décadas. Ele destacou que o Estado já tem mais idosos do que jovens (112 pessoas com mais de 60 anos para cada 100 com menos de 14) e que essa transformação exige uma nova forma de pensar as políticas públicas. “Estamos perdendo o chamado bônus demográfico. Teremos menos jovens entrando no mercado de trabalho e, por isso, precisamos que cada um deles tenha mais qualidade de formação, mais capacidade produtiva e mais oportunidades”, afirmou. 

O vice-governador ressaltou que a principal resposta a esse cenário é investir nas pessoas, desde a primeira infância até a formação profissional e tecnológica, garantindo que as novas gerações estejam preparadas para sustentar o crescimento econômico e social do Estado. “O futuro do Rio Grande do Sul depende do capital humano. E tudo começa com a responsabilidade nas contas públicas. Porque quem cuida das contas, cuida das pessoas”, finalizou. 

_{Texto: Juliane Pimentel/Ascom GVG
Edição: Secom}