O primeiro Seminário de Operações Especiais aplicadas à Segurança Pública (GATE 27 anos), promovido pelo 1º Batalhão de Operações Especiais (BOE), nessa terça-feira (11), no Centro de Eventos da Fiergs, na zona norte de  Porto Alegre, reuniu  integrantes das Forças Armadas, Marinha, Guarda Municipal, Policia Rodoviária Federal, Policia Civil, Policia Federal, policiais militares, demais trabalhadores na área da segurança pública,  acadêmicos de direito e  interessados em geral. A finalidade do evento foi apresentar novos paradigmas na área das operações especiais e boas práticas com base na experiência de outras instituições, além de ampliar a compreensão sobre o tema e como as operações especiais podem ser empregadas no combate à criminalidade.

Durante todo o dia palestrantes de outros estados apresentaram e estrutura e o emprego operacional das unidades onde atuam. O primeiro-tenente Victor Bomfim Monteiro, da Policia Militar de Santa Catarina, falou sobre o combate urbano identificando características destes transtornos. O major Marcos Eduardo Ticianel Paccola, da Policia Militar do Mato Grosso, abordou as operações especiais e inteligência de Segurança pública. Por fim, o capitão Cezar Hoinatski, da Polícia Militar do Paraná, discorreu sobre o enfrentamento ao novo cangaço no Brasil.

O comandante do GATE, capitão Gabriel Hoff, fez referências nacionais na área de operações especiais e especialistas reconhecidos que apresentaram experiências exitosas de outros estados. "Muito positiva essa participação bem como o empenho dos profissionais do GATE que se empenharam na organização do evento". 

De acordo com o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Andreis Silvio Dal'Lago, que encerrou o seminário, a Corporação deve acompanhar a dinâmica do desenvolvimento tecnológico do mundo atual, qualificando seus quadros e fazendo o possível para atender demandas pontuais da população. "Hoje é uma realidade, amanhã os problemas passam a ser outros e, assim, a dinâmica da profissão vai mudando. A sociedade necessita e espera uma atuação especializada. Estamos, como profissionais, investindo em conhecimento e em nos tornarmos peritos no que estamos fazendo para, a partir daí, atuarmos com cada vez mais um alto grau de efetividade", destacou.

Participaram da cerimônia de encerramento, o subcomandante-geral da BM, coronel Mario Yukio Ikeda; o chefe do Estado-Maior, coronel Julio Cesar Rocha Lopes; o comandante do Policiamento Rodoviário, coronel Nelson Menuzzi; o comandante do Polciamento da Capital, coronel Jefferson Jacques; e o comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOE), major Claudio Feoli.  

GATE
O GATE trabalha, desde sua criação, em missões de alto risco, tais como rebeliões em presídios, ocorrências envolvendo artefatos explosivos, reféns e psicopatas armados. Para tanto, possui recursos especializados nas alternativas de assalto tático, tiro de precisão e emprego de munições menos letais.

Na área de explosivos, conta com material para proceder invasões táticas, robô, RX e traje especial antifragmentação. O policial militar do GATE é um agente treinado, altamente capacitado a enfrentar as piores adversidades da forma mais natural e segura possível. Sua especialização é baseada nas mais modernas técnicas e táticas, seguindo a doutrina internacional para grupos de operações especiais. Os alunos são submetidos a um rigoroso treinamento de adaptação, controle emocional, resistência física e capacitação técnica, o que o torna um dos cursos mais difíceis de concluir.  

Texto: Clélia Admar/ Ascom BM
Edição: Léa Aragón/ Secom