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Governador é convidado para inauguração de fábrica de sílica em Itaqui

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PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 24/04/2019 -  Governador Eduardo Leite e secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo Ruy Irigaray em reunião com o presidente da MPC Bioenergia Brasil, Johann Albert Ramcke Neto. Fotos: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
Ramcke explicou que a segunda etapa do projeto terá um investimento de R$ 260 milhões - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Itaqui, na Fronteira Oeste, inaugurará a primeira fábrica de sílica do mundo que utiliza fontes renováveis e sem efluentes. A partir da queima da casca do arroz, a Oryzasil Sílicas Naturais – vinculada ao grupo alemão MPC Capital – produzirá energia elétrica e, com as cinzas que sobram de resíduo, será feito sílica, um composto químico que pode ser utilizado na produção dos chamados “pneus verdes”, que podem economizar de 5% a 10% de combustível, entre outros produtos, como borracha, creme dental e tintas.

O governador Eduardo Leite e o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, receberam, nesta quarta-feira (24/4), das mãos do presidente da MPC Bioenergia Brasil, Johann Albert Ramcke, o convite para a inauguração, que será dia 9 de maio.

“Farei o maior esforço para estar presente, pois projetos como esse são exemplos do que queremos para o nosso estado. Além dos investimentos em si, geram emprego e renda e, ainda por cima, de forma sustentável”, afirmou o governador.

Ramcke explicou que a primeira fase do projeto, orçada em R$ 25 milhões, está sendo concluída agora. A segunda etapa será iniciada na sequência, na qual serão investidos mais cerca de R$ 260 milhões, alcançado capacidade de queima de 20 toneladas de casas de arroz por hora e que, através da usina termelétrica instalada, poderá gerar energia equivalente ao abastecimento de uma cidade com cerca de 200 mil habitantes.

“Como um grande produtor de arroz, o Rio Grande do Sul está na vanguarda da tecnologia de ponta para a produção de produtos químicos através do uso de fontes renováveis. Temos interesse em seguir investindo aqui e construir novas fábricas”, adiantou o presidente da Oryzasil.

Sustentabilidade e proteção ambiental

A Oryzasil desenvolveu uma solução para o problema ambiental das cascas de arroz. Cerca de 70% da produção nacional de arroz está localizada no Rio Grande do Sul, sendo Itaqui a segunda maior região produtora do Estado. A casca do arroz representa mais de 20% dos grãos colhidos, atualmente despejados em aterros sanitários que causam danos à natureza, gerando gás metano e dióxido de carbono, danificando o solo.

Para tornar a casca útil, a Oryzasil desenvolveu produtos químicos a partir dessa matéria-prima renovável, equivalentes aos provenientes de fontes esgotáveis. O projeto, através da queima das cascas de arroz, gera energia térmica e elétrica suficientes para o processo e também para abastecer o mercado livre de energia.

Com esse sistema, a Oryzasil cria um ciclo sustentável e completo, desde a entrega das cascas de arroz à utilização da cinza como fonte de sílica e dos demais subprodutos. 

Texto: Vanessa Kannenberg
Edição: Marcelo Flach/Secom

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