O governador Germano Rigotto inaugurou, nesta quarta-feira (17), o site e a exposição comemorativos aos 85 anos do Palácio Piratini. Em seu discurso, o governador afirmou que o Piratini é um dos palácios de governo mais bonitos do país. Temos que ter orgulho de nosso Palácio, pelo que ele representa para a história do Estado e para a história do país. O site e a exposição recuperam não só a história do Piratini, recuperam também a história do Rio Grande do Sul e a do Brasil, disse Rigotto. O site contém material sobre a história do Palácio desde a elaboração do primeiro projeto em 1894 passando pela transferência da sede para o atual prédio em 1921, além de uma galeria com fotos e biografias dos 24 governantes que ocuparam o Piratini desde sua inauguração. No site também podem ser conferidos fatos marcantes para a história do Rio Grande do Sul e do Brasil que tiveram o Palácio como cenário e curiosidades que cercam o prédio, como lendas sobre os túneis e fantasmas. O internauta também poderá realizar um passeio virtual pelas alas administrativa e residencial do Piratini e acessar entrevistas e depoimentos. O endereço é www.palaciopiratini.rs.gov.br . O projeto e a execução da página foram realizados em parceria pela Assesoria de Comunicação do Governo do Estado e Procergs. Na exposição podem ser conferidas fotos que mostram a construção do palácio, as transformações por que o prédio passou, os trabalhos de restauração e momentos históricos que ocorreram no Piratini. A exposição pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, no segundo andar do Palácio Piratini. Restauração Nos últimos três anos, foram grandes os investimentos em manutenção do prédio, o que, somando-se às obras feitas em vários outros prédios públicos, caracteriza o Governo Rigotto como o que mais apostou na preservação do patrimônio arquitetônico do Estado. Tombado como patrimônio histórico do Estado desde 1986, o Palácio Piratini passou por diversas obras de restauração a partir de 2003, primeiro ano da atual administração estadual. Em 2000, o Palácio foi considerado, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), patrimônio histórico nacional, como parte dos sítios históricos da Praça da Matriz e da Praça da Alfândega. Ao longo deste governo, procuramos recuperá-lo com recursos humanos do próprio governo estadual, pessoal que procurou trabalhar no processo de restauração, de recuperação do próprio prédio, pela sua história e pelo que ele representa para o Rio Grande do Sul, define Rigotto. Em janeiro de 2003, foi iniciada a primeira etapa de restauração das pinturas do artista plástico italiano Aldo Locatelli no Salão Negrinho do Pastoreio, no Salão Alberto Pasqualini e na ante-sala do gabinete do governador, localizados no segundo andar. Um trabalho de restauração já havia sido realizado na segunda metade da década de 80. A cargo da assessoria de arquitetura e da equipe de manutenção do Palácio, o serviço incluiu ainda a pintura de paredes e a renovação do forro de praticamente todos os demais ambientes das alas governamental e residencial. O trabalho foi concluído em maio deste ano. Também neste mês, foi terminada a restauração de 70 lustres e apliques da ala governamental e de outros 37 na ala residencial (que vinha sendo executada desde março de 2003), e a recuperação de esquadrias de madeira da ala residencial, começada em outubro de 2003. Depois de ter substituídas as partes danificadas, o tapete que cobre parte do assoalho do gabinete do governador foi retirado para uma cuidadosa limpeza. As cadeiras em estilo Luiz XV do salão, da ante-sala do gabinete do governador e do próprio gabinete - muitas delas construídas pelos detentos da Casa de Correção, na década de 1920 -, foram igualmente recuperadas. Monumenta Em 2003, o Governo do Estado assinou um convênio com o Ministério da Cultura, a prefeitura de Porto Alegre e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a inclusão de prédios históricos do Estado no Projeto Monumenta, entre eles o Palácio Piratini, além da Biblioteca Pública, do Museu Júlio de Castilhos, Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa e Theatro São Pedro. Os recursos totalizam R$ 2 milhões, dos quais R$ 800 mil são do Governo do Estado. No Piratini, as principais obras do Projeto Monumenta são as fachadas externa e interna, nas quais estão esculpidas as obras do artista francês Paul Landowski, o mesmo que criou a estátua do Cristo Redentor, do Corcovado, no Rio de Janeiro. As fachadas do Palácio foram restauradas no final da década de 1990. História Depois de dois projetos abandonados, o Palácio Piratini teve sua segunda pedra fundamental lançada em 1909, quando começou a ser construída de acordo com a planta definitiva, elaborada pelo arquiteto francês Maurice Gras, inspirado no francês Petit Trianon. Em 17 de maio de 1921, Borges de Medeiros mudou a sede do governo gaúcho para o atual Palácio Piratini, que até hoje não teve uma inauguração oficial. Como o prédio ainda não estava concluído, o gabinete de Borges de Medeiros foi instalado no primeiro andar, onde atualmente se encontra a Casa Militar. O projeto inicial de Gras sofreu algumas alterações, mas a proposta principal foi mantida. Em 1955, por decreto do governador Ernesto Dornelles, o palácio recebeu o nome de Piratini, em homenagem à cidade que foi a primeira capital farroupilha. As últimas construções significativas no Palácio Piratini ocorreram no início da década de 70, com o alargamento das escadas externas para os jardins o aumento de área destes e a construção da fonte e do Galpão Crioulo. Participaram da cerimônia o secretário de Cultura, Victor Hugo, o coordenador de Comunicação Social do Governo do Estado, Celito De Grandi, o diretor-presidente da Corag, Mauro Gotler, o chefe da Casa Militar, coronel Reuvaldo Vasconcellos, e o coronel Emílio Neme, chefe da Casa Militar do Governo do Estado no governo Leonel Brizola e representantes da imprensa e de faculdades de Arquitetura.