Governador recebe proposta de nova unidade de laticínios no RS
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A instalação de uma nova unidade produtora de leite em pó no Rio Grande do Sul foi examinada hoje (07), no Palácio Piratini, durante reunião do governador Germano Rigotto e executivos da indústria Nutrilat, a terceira maior organização no setor de laticínios no Estado e que integra seis mil famílias de pequenos produtores rurais - na maioria vinculadas a cooperativas - do Vale do Taquari, Vale do Caí, Vale do Rio Pardo e da Zona Sul, responsáveis pelo fornecimento diário de 350 mil litros de leite in natura. Segundo o presidente da empresa, Gilmar Lautert, o projeto demandará investimento de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões, proporcionando a geração de 1,2 mil novos empregos - entre diretos e indiretos - e a fábrica deverá operar com capacidade para processar 400 mil litros/dia de leite. Rigotto saudou a iniciativa da Nutrilat, destacando que está em perfeita sintonia com os programas do Executivo de promover o progresso econômico e a inclusão social, sugerindo que seja encaminhada à Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Banrisul e BRDE proposta de expansão com os dados e as garantias da empresa. A Nutrilat, instalada no município de Fazenda Vilanova, no eixo rodoviário da BR-386, emprega 150 pessoas e beneficia indiretamente outros 30 mil gaúchos, além de desenvolver programas de melhoramento genético do rebanho leiteiro dos fornecedores. Do total de matéria-prima, 80% são dirigidas à industrialização do leite longa vida e os restantes 20% empregados na fabricação de bebidas lácteas, leite tipo C, creme de leite, iogurte e achocolatados. Além do Rio Grande do Sul, atende os mercados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Em agosto, a Nutrilat prepara-se para inaugurar a primeira unidade fora do território gaúcho, instalando uma fábrica de leite longa vida no município de Três Corações (MG), com capacidade para processar 100 mil litros/dia. O empreendimento abrirá 100 postos de trabalho diretos e de 5 mil a 10 mil empregos indiretos. Além da concessão de linha de crédito para capital de giro e ampliação do parque industrial, a direção da Nutrilat solicitou a Germano Rigotto que o governo adquira parte da produção leiteira durante o meses de verão, período em que há queda no consumo em virtude das altas temperaturas. A medida garantiria a manutenção do preço mínimo pago ao produtor e a recolocação no mercado dos estoques reguladores de leite durante a entressafra. O prefeito Lélio Labres Guimarães, de Fazenda Vila Nova, disse que a instalação da Nutrilat em Fazenda Vilanova representou um divisor de águas nos aspectos econômico e social, porque assumiu a condição de principal empresa local, fixou uma remuneração justa aos leiteiros - R$ 0,55 a R$ 0,60 por litro, acima da média praticada pela concorrência - e proporcionou diminuição dos índices de desemprego e êxodo rural. O deputado estadual Paulo Azeredo, que também acompanhou a audiência, pediu o apoio do governador Rigotto à aprovação de projeto de sua autoria, que tramita na Assembléia Legislativa, estabelecendo remuneração ao produtor equivalente a 50% do preço pago pelo consumidor. A intenção de Azeredo é padronizar a remuneração e estimular a cadeia produtiva do leite.