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Governo assina convênio com Hospital Vila Nova, de Porto Alegre, para acompanhar pacientes psiquiátricos em conflito com a lei

RS será o terceiro do país a concluir a desinstitucionalização total das pessoas com transtornos mentais privadas de liberdade

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Uma foto colorida mostra um grupo de pessoas em uma sala de reuniões. A sala é bem iluminada e possui paredes claras.

Mesa: Há uma grande mesa de reunião em formato de 'U' ou ferradura, com tampo na cor bege ou creme. Vários participantes estão sentados ao longo das laterais curvas da mesa.

Participantes: A maioria dos presentes são mulheres. Elas estão vestindo roupas casuais de negócios em cores variadas. No canto inferior esquerdo, um homem de terno cinza e óculos está sentado mais próximo da câmera. Outras pessoas estão sentadas no lado esquerdo da mesa e no lado curvo (ao fundo).

Apresentadora: No centro da parte curva da mesa, uma mulher de blusa branca está em pé, segurando o que parece ser um documento ou tablet. Ela está de frente para o grupo.

Projeção: Atrás da apresentadora, há um projetor exibindo uma tela que mostra várias imagens em miniatura (possivelmente de outras reuniões ou pessoas).

Detalhes da Sala: No canto superior esquerdo da parede, há um cartaz parcialmente visível com texto relacionado a "CORONAVÍRUS" e "RS Contra Gripe".

A imagem parece registrar um evento formal, como uma reunião ou a assinatura de um convênio, dado o título do arquivo
Medida atende resolução do Conselho Nacional de Justiça e qualifica o cuidado em saúde mental - Foto: Arthur Vargas/Ascom SES

O Rio Grande do Sul passará a contar com equipes de avaliação e acompanhamento de 160 pacientes com transtorno mental em conflito com a lei. O convênio para a implantação do serviço foi assinado na segunda-feira (10/11) pela titular da Secretaria da Saúde (SES), Arita Bergmann, e a direção do Hospital Nova, de Porto Alegre. O governo do Estado repassará R$ 4,58 milhões à instituição nos próximos dois anos.

As equipes serão formadas por médicos psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e profissionais com formação em Ciências Humanas, Sociais ou da Saúde. Além de acompanhar os casos, eles vão manter a comunicação entre os serviços de saúde e o Poder Judiciário, garantindo segurança tanto aos pacientes quanto à sociedade. O Hospital Vila Nova foi escolhido para oferecer o serviço pela experiência no atendimento a pacientes oriundos do sistema prisional.

Com a iniciativa, o Rio Grande do Sul está próximo de se tornar o terceiro Estado do país - ao lado de Alagoas e do Ceará - a desinstitucionalizar integralmente as pessoas com transtorno mental, cumprindo medidas de segurança em hospitais de custódia, transferindo-os para o cuidado junto às famílias e disponibilizando tratamento na rede pública de saúde. A ação atende à resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou, em 2023, o fechamento progressivo de hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico no país.

Parceria entre SES e SSPS reforça atendimento humanizado

Desde fevereiro de 2023, com apoio das equipes técnicas da SES e da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), foram desinstitucionalizados 178 pacientes que moravam no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). Outras 172 pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei foram encaminhadas para atendimento nas redes de saúde municipais, sem passar pelo instituto, que ainda abriga 31 pacientes. A expectativa é que todos sejam desinstitucionalizados até janeiro de 2026.

“Estamos coroando e celebrando um esforço gigante diante da resolução do CNJ que deu aos Estados essa missão no processo de desinstitucionalização de pessoas que precisam estar em cuidados acompanhados nas comunidades e, se possível, junto às famílias”, disse Arita. “Foi um trabalho de dedicação e podermos hoje apresentar concretamente uma solução”, acrescentou.

Para a diretora do Departamento de Tratamento Penal da Polícia Penal, Rita Leonardi, o convênio representa um avanço fundamental no Rio Grande do Sul. “Ele consolida um trabalho que vem sendo construído pelo Estado. É uma ação que qualifica o cuidado em saúde mental, garante o cumprimento integral da normativa federal e reafirma que o tratamento das pessoas com transtorno mental em conflito com a lei deve ocorrer no âmbito do Sistema Único de Saúde e da rede de atenção psicossocial, e não em ambiente prisional”, disse.

Texto: Ascom SES
Edição: Secom

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