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Governo do Estado amplia coleta de material genético de pessoas submetidas ao monitoramento eletrônico no sistema penal

Ação integra estratégia estadual de fortalecimento do Banco de Perfis Genéticos, ferramenta essencial para elucidação de delitos

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A foto mostra uma sala com paredes de tijolos aparentes e janelas amplas com persianas. No centro, uma pessoa em pé, de costas para a câmera, está com as mãos cruzadas atrás do corpo enquanto conversa com uma profissional de saúde que usa máscara e luvas, posicionada diante de uma mesa com materiais de coleta. À direita, um agente penal aparece em primeiro plano, também de costas, vestindo colete tático com a inscrição “POLÍCIA PENAL”. No canto da sala há uma cadeira azul e alguns itens sobre a mesa. O ambiente é iluminado pela luz natural que entra pelas janelas.
Além de subsidiar investigações, o banco genético contribui para a resolução de crimes antigos e para a prevenção de novos casos - Foto: Divulgação Polícia Penal

O governo do Estado, por meio do Departamento de Monitoração Eletrônica (DME) da Polícia Penal, realizou, entre 25 de novembro e 1º de dezembro, a coleta de material genético de 232 pessoas submetidas ao monitoramento eletrônico em diferentes regiões do Estado. A iniciativa, que teve a cooperação do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e participação dos Institutos Penais de Monitoramento Eletrônico (IPMEs), integra a estratégia estadual de fortalecimento do Banco de Perfis Genéticos (BPG), ferramenta essencial para a elucidação de delitos e a prevenção de novas ocorrências.

Para o diretor do DME, Antônio Reisser, a coleta demonstra que a integração de esforços amplia resultados e gera benefícios concretos à sociedade. “As ações desenvolvidas em cooperação com demais órgãos estaduais constituem diretriz estratégica e permanecerão como prioridade para a Polícia Penal. A monitoração eletrônica mantém-se empenhada em apoiar todas as entidades parceiras, fortalecendo a segurança pública e contribuindo para investigações cada vez mais precisas e eficientes”, acrescentou.

Segundo o coordenador da ação, Rodrigo Muniz, do DME, o procedimento teve início a partir da análise dos dados cruzados do Sistema de Gerenciamento das Informações Penitenciárias (Infopen) e do Sistema de Acompanhamento de Custódia 24 Horas (SAC24) e com o detalhamento através da pesquisa com o Sistema Eletrônico de Execução Unificada (SEEU). O cruzamento permite identificar quem está submetido à obrigatoriedade prevista na Lei de Execução Penal, que normatiza a coleta para fins de investigação criminal. Após essa verificação, os monitorados são notificados e orientados quanto ao comparecimento.

Além de subsidiar investigações, o banco genético contribui para a resolução de crimes antigos e para a prevenção de novos casos. A logística em cidades estratégicas facilita o atendimento de toda a área de abrangência da monitoração, permitindo alcançar monitorados de diversos municípios, reforçando a integração entre as forças de segurança e a Polícia Penal. “Em locais em que há grande fluxo de pessoas monitoradas, para coleta, o apoio do Grupo de Intervenção Rápida, Brigada Militar e Guarda Municipal são fundamentais", completou Muniz.

Evolução crescente das coletas

A necessidade de ampliar o banco de dados foi reafirmada em reunião entre a gestão do DME e o BPG no final de 2023, resultando no compromisso de realizar coletas anuais. Até 2024, 436 monitorados já haviam sido cadastrados no Rio Grande do Sul. A projeção para este ano é ultrapassar 300 novas coletas, contemplando todos os IPMEs vinculados às regiões penitenciárias.

O Artigo 9º-A da Lei de Execução Penal (LEP) obriga a coleta de DNA de condenados por crimes dolosos com grave violência contra a pessoa ou crimes hediondos, para fins de perfil genético. A coleta é feita de forma indolor e os dados são armazenados em um banco de dados sigiloso, acessível à autoridade policial para investigação futura com autorização judicial.

Texto: Andréia Moreno/Ascom Polícia Penal
Edição: Secom

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