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Governo do Estado recebe certificação internacional que reconhece a qualidade das práticas de auditoria interna

Selo atesta que controle interno realizado pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado enfoca a eficiência e o interesse público

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Governo do Estado recebe certificação internacional que reconhece a qualidade das práticas de auditoria interna
Esta semana, Cage recebeu a visita de uma equipe de validação externa do Conaci, na última etapa para concessão do selo - Foto: Robson Nunes Guedes/Ascom Sefaz

O governo do Estado, por meio da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), vinculada à Secretaria da Fazenda (Sefaz), recebeu na terça-feira (25/11) certificação do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) que atesta que as atividades de controle interno no Rio Grande do Sul, a cargo da Cage, estão alinhadas às melhores práticas internacionais de auditoria.

O certificado de nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (em inglês Internal Audit Capability Model for the Public Sector, com a sigla IA-CMmostra que a Cage está mais preparada para ajudar o Estado a executar suas políticas públicas com máxima eficiência, no propósito de agregar valor e melhorar as operações da administração pública estadual.

Ao avançar na certificação, a Cage marca uma importante guinada na forma como vem desempenhando essa atribuição, conforme destaca o contador e auditor-geral do Estado, Carlos Geminiano. “Já há alguns anos, o nosso enfoque deixou de ser repressivo para priorizar iniciativas de prevenção. Mais do que apontar falhas e erros, estamos gerindo riscos, orientando gestores, promovendo ações que evitem inconformidades e contribuam para o aprimoramento da governança”, enfatizou. 

“Esse resultado que estamos alcançando valida que estamos no caminho certo e reconhece todo o esforço de nossas equipes em lançar um olhar mais estratégico ao nosso papel de auditores”, complementa Geminiano.

A certificação assegura padronização e credibilidade

O modelo IA-CM, criado em 2009 pelo Institute of Internal Auditors (IIA), consolida as normas internacionais para a prática profissional de auditoria interna. O arcabouço metodológico chegou ao Brasil em 2014 e, atualmente, é adotado como referência pela maioria dos órgãos de controle interno do país, assegurando padronização e credibilidade. Sua implementação vem sendo incluída como condicionante para a concessão de operações de crédito por instituições financeiras como o Banco Mundial.

A adesão da Sefaz ao modelo começou em 2023, a partir de um processo de autoavaliação. Depois disso, foram definidos planos de ação para a atualização de normas e procedimentos, realização de treinamentos e revisão de procedimentos. O ciclo culminou na última semana, nos dias 24 e 25 de novembro, com a visita de uma equipe de validação externa do Conaci. No encontro, os avaliadores conheceram de perto as estruturas e processos da Cage, checaram as evidências apresentadas e reforçaram a importância da certificação.

“O IA-CM não é uma lista prescritiva de requisitos, mas um roteiro de aprimoramento progressivo das unidades de auditoria interna do setor público. Ele descreve níveis de maturidade, e cada nível representa capacidades essenciais, competências profissionais e práticas gerenciais necessárias para que a auditoria interna evolua de uma atuação básica e reativa para um papel estratégico, integrado e orientado para agregar valor à gestão pública e fornecer insights e previsões apropriados”, explicou o coordenador da Câmara Técnica de Auditoria e de IA-CM do Conaci, Rodolfo Serrano.

Realinhamento dos processos

Adotar esse guia de fortalecimento das práticas de auditoria implica atender a uma série de exigências, que buscam desenvolver as seguintes áreas:

  • serviço e papel da auditoria interna;
  • gerenciamento de pessoas;
  • práticas profissionais;
  • gestão do desempenho e prestação de contas;
  • cultura e relacionamento organizacional;
  • e estrutura de governança.

chefe da Divisão de Controle da Administração Indireta, Lorenzo Giacomo Venzon, coordenador da implantação do método na Cage, ressaltou a complexidade do trajeto percorrido. “Nessa jornada, foram dez processos-chave implantados, totalizando 66 atividades essenciais institucionalizadas, uma missão que só foi possível graças ao engajamento de nossos servidores”, detalhou.

Próximos passos

Melhorar o controle das finanças estaduais oportuniza à Cage a qualificação das entregas públicas, com foco na busca pela excelência nos processos de forma contínua. Para o contador e auditor-geral do Estadoalcançar práticas e procedimentos de auditoria sustentáveis foi só o primeiro passo. A instituição almeja obter o nível 3 do IA-CM, selo conquistado por apenas uma controladoria-geral de Estado no Brasil, até o momento.

“Ao começar esse processo, a minha preocupação era de que a gente deixasse um legado e não retroagisse, mas queremos ir além: já estamos cumprindo diversas premissas apontadas pelo nível 3, e acredito que temos condições de avançar para este novo patamar até 2030”, projeta Geminiano

Texto: Ascom Cage
Edição: Secom

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