Governo do Estado reforça segurança nas penitenciárias do Rio Grande do Sul com atuação de cães de trabalho
Em 2025, os chamados K9 participaram de 93 operações
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A atuação de cães de trabalho é uma estratégia fundamental para o reforço da segurança nos sistema prisional gaúcho. O emprego destes animais em operações, de forma preventiva e repressiva, contribui para a manutenção da ordem e da disciplina, além de reduzir riscos aos servidores durante a atividade. Em 2025, os chamados K9 participaram de 93 operações em unidades.
A participação do Grupo de Operações com Cães (GOC), em procedimentos de intervenção prisional, tem impacto psicológico com sua presença ostensiva. Eles são treinados para, caso sejam empregados, realizem a contenção dos internos, além da identificação de ilícitos.
Atualmente, são 18 cães de trabalho e 10 policiais cinotécnicos atuando na Polícia Penal. Existem sete canis no sistema prisional gaúcho — 2ª, 7ª, 8ª e 9ª regiões penitenciárias —, além dos canis setoriais da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), da Penitenciária Modulada Estadual de Osório (PMEO) e do Presídio Estadual de Erechim.
Mais investimentos
Em paralelo à ampliação das estruturas físicas dos canis, a Polícia Penal tem intensificado os investimentos em equipamentos para o fortalecimento das atividades do GOC. Em 2024, foram adquiridos e entregues materiais como mordedores, macacões de proteção, peitorais de tração, bastões de estalo, colares de aço inox e guias de lona e de nylon. O investimento totalizou R$ 37.559,00.
Além do emprego operacional, a Polícia Penal conta com cães treinados especificamente para a detecção de drogas, armas, aparelhos celulares e outros materiais ilícitos. Para qualificar ainda mais esse trabalho, o governo do Estado investiu, também em 2024, R$ 55 mil na aquisição de dez kits auxiliares de detecção — material importado e considerado um dos mais avançados na área.
Inovação e capacitação
Outra inovação foi a realização do Curso de Formação em Cinotecnia e Emprego Prisional (CFCEP), promovido pelo GOC em parceria com a Escola do Serviço Penitenciário (ESP). Antes, a formação dos cinotécnicos ocorria via outras instituições e com recursos próprios dos servidores. A primeira edição do curso foi realizada em 2022, e a mais recente ocorreu entre novembro e dezembro deste ano. Ao todo, 50 servidores já concluíram a capacitação.
O treinamento aborda temas como aprendizagem e fisiologia; atendimento pré-hospitalar canino; adestramento; guarda e proteção, detecção, busca e captura e técnicas de intervenção prisional com o uso de cães.
O coordenador do GOC, Anderson Cardoso, destaca a importância do emprego dos cães na efetividade das ações. “A presença do cão nas intervenções prisionais aumenta significativamente a segurança dos servidores penitenciários, em especial daqueles que integram o Grupo de Ações Especiais e os Grupos de Intervenção Rápida. Além disso, o impacto psicológico do cão contribui para inibir a intenção de tumultos, reduzindo a necessidade do uso de outros instrumentos de menor potencial ofensivo. Trata-se de um recurso extremamente benéfico e salutar para a atuação no sistema prisional”, afirmou.
Melhor cão de trabalho da América do Sul
Entre os dias 17 e 21 de novembro, 45 cães e operadores de diversos países da América do Sul participaram, em Goiânia, do 8º Campeonato Sul-Americano de Cães de Trabalho. Representando a Polícia Penal do Rio Grande do Sul, o cão K9 Mohoc e seu operador, o servidor penitenciário Hugo Gomes, conquistaram o inédito primeiro lugar geral da competição. O certame tem como objetivo aferir a qualidade e a aptidão dos condutores e de seus cães no desempenho de atividades policiais.
Da raça pastor holandês, Mohoc tem cinco anos e está desde os dois anos no canil da 9ª Região Penitenciária, com sede em Charqueadas. Em outras ocasiões, equipes da Polícia Penal gaúcha já haviam obtido destaque na competição, com prêmios em provas e figurado nas primeiras colocações nas duas últimas edições.
Texto: Rodrigo Borba/Ascom Polícia Penal
Edição: Secom