Governo do RS quer distinguir arroz gaúcho
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Representantes da cadeia produtiva do arroz do Rio Grande do Sul estiveram reunidos nesta quarta-feira (31), na sede do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), em Porto Alegre, para entregar ao Chefe da Divisão de Classificação de Produtos Vegetais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fábio Fernandes, as sugestões de alteração da portaria 269, que define o padrão de classificação do arroz. O trabalho, elaborado ao longo de três meses, por uma comissão formada por representantes do Governo do Estado, através do Irga e Emater, dos produtores e da indústria, aponta uma série de alterações, para que as novas normas de classificação possam distinguir a qualidade superior do arroz produzido no Rio Grande do Sul. Como exemplo desta diferenciação, está a criação do arroz tipo Extra, onde o nível de tolerância de grãos quebrados e gessados baixem de 10% para 5%. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias do Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz), Élio Coradini, a atual legislação é muito vulnerável e faz com que produtos de menor qualidade também possam ser enquadrados como arroz Tipo 1, prejudicando o produto gaúcho. O presidente do Irga, Francisco Signor, destacou a necessidade das normas apresentarem critérios que possam diferenciar o arroz gaúcho dos demais. Não é justo que ao chegar nas pratelerias o arroz do RS seja confundido com produto de qualidade inferior, esta é uma iniciativa que pretende valorizar o nosso agricultor, argumentou Signor. Alterar normas Para o presidente da Federação das Cooperativas de Arroz do RS (Fearroz), André Barreto, a modificação da portaria 269 não tem como prejudicar o produtor gaúcho que há bastante tempo prima pela qualidade na produção. A intenção do Mapa é de que as novas normas passem a valer a partir de setembro para o arroz beneficiado. Para o arroz em casca as alterações começam a vigorar para o próximo ano agrícola, ou seja na safra 2003/2004. O documento assinado por todas as entidades do setor produtivo do Estado, com ressalvas da Farsul e Federarroz, vai ser analisado pelo Mapa, que deverá convocar para o final de agosto uma reunião em Brasília com todo o segmento orizícola do país a fim de editar as novas normas.