O Governo do Estado inaugurou, nesta quinta-feira (28), uma unidade de saúde prisional no Hospital Vila Nova, em Porto Alegre. O Executivo investiu, por meio da Secretaria da Saúde, R$ 500 mil para a reforma e construção da nova unidade, que passa a contar com 32 leitos exclusivos para apenados.

De acordo com o diretor do Hospital, Dirceu Dalmolin, as novas instalações são uma grande conquista, na medida em que liberam para a população atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), igual número de leitos na rede hospitalar geral. Agora os apenados serão encaminhados diretamente para nossa instituição, não sendo mais necessária a ocupação de leitos nos demais hospitais que integram a rede. Com essa iniciativa, estaremos absorvendo 90% da demanda de internação do sistema prisional, processo este, requerido há mais de 20 anos.

A instituição hospitalar possuía, até então, 18 leitos para prestar atendimento aos apenados, por meio de contrato de prestação de serviços com o Estado, no valor de R$ 604 mil. Além disso, com a inauguração do novo espaço, os leitos existentes passarão ao atendimento de presos vinculados ao tratamento contra álcool e drogas.

A secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, presente ao evento juntamente com secretária-geral de Governo, Ana Pellini, destacou que, quando o Governo do Estado priorizou uma força tarefa para solucionar a questão do sistema prisional, incluiu também o aspecto da saúde dos apenados. Focados no sistema de gestão, planejamos e resgatamos uma dívida histórica. Com essa unidade estamos oferecendo dignidade de acesso à saúde para uma população privada de liberdade, afirmou Arita.

Outra parceira do Governo com o Hospital Vila Nova, no valor de R$ 300 mil, ampliou o atendimento aos apenados dentro do Presídio Central de Porto Alegre. Desde julho deste ano, são oferecidos no local serviços de triagem através de exames clínicos e laboratoriais; controle da tuberculose, hipertensão e diabetes; prevenção, diagnóstico e tratamento em DST/HIV/Aids e hepatites; assistência bucal, além de atenção à saúde mental, entre outros.

Texto de Anamaria Bessil