Governo lança Casas da Juventude em quatro comunidades da Capital nesta quarta
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Geração de oportunidades e promoção dos direitos dos jovens das periferias gaúchas. Estes são os objetivos da Rede Casas da Juventude, que será lançada pela Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH) nesta quarta-feira (28), na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre. Cerca de mil pessoas são esperadas para o ato, que contará com a presença do governador Tarso Genro. O lançamento ocorrerá a partir das 14h, na Casa Amarela da ONG Canta Brasil, na Rua Dona Maria.
Os espaços, dedicados ao atendimento e à convivência de crianças e jovens, serão instalados inicialmente em mais três comunidades da Capital, além da Cruzeiro: Restinga, Lomba do Pinheiro e Bom Jesus. Esses territórios possuem ações do RS na Paz, programa de redução da violência do Governo do Estado no qual se insere a iniciativa da SJDH.
As Casas da Juventude serão executadas pela SJDH em parceria com três ONGs: Canta Brasil na Vila Cruzeiro; ACM na Restinga e CPCA na Lomba do Pinheiro e Bom Jesus.
Inclusão social
O projeto terá três linhas de atuação. A primeira é a promoção de direitos e geração de oportunidades, por meio de serviços de inclusão social, acompanhamento individual dos jovens, oficinas de capacitação profissional e inserção produtiva, formação cultural e espaços de lazer.
Na segunda linha, está a implementação da Justiça Restaurativa Juvenil. Esta é uma abordagem moderna de acesso à justiça, voltada à resolução pacífica de conflitos na própria comunidade.
O trabalho é realizado através da formação de integrantes da comunidade para atuarem como mediadores de conflitos. Nos bairros que receberão o programa, o Ministério Público já coordena um projeto de justiça juvenil restaurativa, que será incorporado às Casas da Juventude. A terceira é dedicada à proteção dos direitos humanos, através do fortalecimento da rede de enfrentamento aos crimes contra crianças e adolescentes.
As Casas da Juventude terão interlocução direta com os órgãos de proteção, para monitorar e responder às violações de direitos humanos encontradas na comunidade. Os jovens são as maiores vítimas e também os principais perpetradores da violência, sendo que esses dados estão intimamente ligados. Quando uma criança aprende a linguagem da violência, tem grandes chances de reproduzi-la no futuro. Nosso entendimento é que essa realidade só muda com a geração de oportunidades, explica o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira. As Casas da Juventude seguem as diretrizes do Programa de Oportunidades e Direitos da SJDH.
Texto: Jaqueline Silveira
Edição: Redação Secom - fone (51) 3210-4305