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Governo lança sistema de mapeamento de áreas atingidas que agiliza destinação de recursos

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Mapa Único do Plano Rio Grande
Imagens de satélite otimizam o direcionamento de políticas públicas - Foto: Ascom SPGG

O governador Eduardo Leite apresentou, nesta quinta-feira (30/5), o Mapa Único do Plano Rio Grande (MUP), uma estratégia de mapeamento a partir de imagens de satélite que está otimizando o direcionamento de políticas públicas formuladas em razão das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.

Desenvolvido pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), o MUP consiste em um Sistema Único e Integrado do Mapeamento das Áreas Diretamente Atingidas e está no escopo do Plano Rio Grande. O objetivo é identificar e quantificar os endereços, vias, domicílios, empresas, equipamentos públicos e, principalmente, a população afetada.

“O mapa nos dá condições de termos o ‘dedo no pulso’, como eu dizia na época da pandemia. É fundamental que tenhamos esse mapeamento dos danos causados pela enchente porque isso nos ajuda a nortear as políticas públicas de maneira eficaz. O mapa já nos deu a condição de iniciar rapidamente os repasses do pix do SOS Rio Grande do Sul, por exemplo”, destacou Leite.

O sistema já está sendo usado pelo Estado para orientar as ações de forma mais célere e precisa, simplificando processos e acelerando a chegada de recursos a quem necessita. É realizado a partir de imagens de satélite de alta resolução, contemplando áreas atingidas por inundação, enxurrada e deslizamentos. 

Imagens de satélite
As imagens de satélite são utilizadas para delimitar a Área Diretamente Atingida - Foto: Divulgação SPGG

A partir das manchas encontradas são realizados cruzamentos com as bases e informações disponíveis, como o Censo Demográfico, o Cadastro Único (CadÚnico) e registros administrativos de órgãos do Estado, nas áreas de Assistência Social, Saúde, Educação e Segurança. Dessa maneira, o Estado consegue detectar as áreas atingidas, além de realizar recortes específicos da população afetada, com a identificação das famílias mais vulneráveis.

Até o momento, já foram mapeados e georreferenciados 262 municípios gaúchos, identificando-se 283 mil domicílios particulares atingidos, o que corresponde a 597 mil pessoas afetadas. Desse total, 233 mil pessoas estão cadastradas no CadÚnico, totalizando 106 mil famílias. Também já foram identificadas cerca de 116 mil empresas diretamente atingidas.

Em relação aos equipamentos públicos danificados, foram detectadas 98 escolas estaduais, 175 escolas municipais, nove hospitais e 99 Unidades Básicas de Saúde. Além disso, nos 78 municípios que decretaram estado de calamidade, observa-se que 12% da malha viária urbana está situada dentro da área diretamente atingida.

Foi desenvolvida uma plataforma para consulta dos dados, que, por enquanto, está disponível apenas para uso interno do governo. Em breve, deve ser disponibilizada uma versão pública.

Aplicabilidade

O Estado já está empregando esse mapeamento, por exemplo, na destinação dos recursos do programa Volta por Cima e dos valores arrecadados por meio da campanha SOS Rio Grande do Sul. No Volta por Cima, cerca de 45 mil famílias, pobres e extremamente pobres, já foram identificadas e estão recebendo o valor de R$ 2,5 mil, que é depositado, com recursos do Tesouro do Estado, no Cartão Cidadão. No caso da campanha SOS Rio Grande do Sul, os recursos provenientes das doações realizadas pela sociedade atenderão a outras 25 mil famílias de baixa renda. Cada uma delas receberá a quantia de R$ 2 mil. Outras políticas públicas também estão sendo orientadas com base no mapeamento das áreas atingidas, com destaque para as políticas habitacionais e as de uso e ocupação do solo.

Texto: Juliana Dias/Secom
Edição: Camila Cargnelutti/Secom

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