O governo do Estado protocolou, nesta terça-feira (17/3), dois projetos de lei que visam atender as ações necessárias para dar assistência às pessoas que contraiam Covid-19 no RS.

Antes de entregar os projetos ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo, o governador Eduardo Leite fez um alerta à população. “A contenção do avanço do número de casos no RS só se dará se houver colaboração de todos para que possamos reduzir o fluxo de pessoas em circulação. Assim, retardaremos o contágio e teremos capacidade de prestar atendimento à população como um todo, especialmente aos casos que evoluírem com gravidade”, explicou Leite.

Uma das propostas prevê a contratação, em caráter emergencial e por tempo determinado, de 17 especialistas em saúde, nas áreas de Farmácia, Biologia, Enfermagem e Medicina. Os profissionais também ajudarão a reforçar a equipe de atendimento do 150, número disponibilizado pela Secretaria da Saúde para fornecer orientações às pessoas que tenham dúvidas com relação ao Covid-19, e a equipe do Laboratório Central do Estado (Lacen), onde os exames de testagem estão sendo realizados.

O outro PL trata da reestruturação do quadro de funcionários da Saúde Pública, estabelecendo normas gerais de enquadramento, além de instituir nova tabela de vencimentos para o médico regulador de urgências e emergências. O texto prevê a contratação de 20 médicos reguladores, responsáveis pela distribuição de pacientes nos leitos disponíveis na rede pública. Hoje, 20 profissionais realizam essa tarefa. Com a previsão de crescimento de casos confirmados, uma estrutura maior para a regulação será necessária.

Considerando a necessidade de ampliação de serviços de prevenção devido ao avanço do coronavírus, é importante a contratação de algumas especialidades de profissionais para atender ações e serviços de saúde diretamente ligadas ao enfrentamento da pandemia, sob pena de haver desatendimento ou desassistência da população gaúcha.

"Volto a ressaltar que não é momento para pânico, mas de muito cuidado. Essas medidas estão sendo tomadas para darmos a noção de urgência para a população. Não temos, na nossa cultura, a mesma disciplina de um país como o Japão. Esses movimentos mais rigorosos, como a suspensão de aulas, servem como um exemplo para que a população mude o comportamento”, destacou. 

Depois da entrega dos projetos, a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, apresentou dados e projeções a respeito da evolução do vírus no mundo e no Estado. Os líderes de bancadas ou representantes também assistiram à explanação.

O chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, e o líder do governo na Assembleia, deputado Frederico Antunes, estiveram presentes.

_{Texto: Suzy Scarton e Jéssica Gamarra/Ascom Casa Civil
Edição: Patrícia Specht/Secom}