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Governo reforça protocolos emergenciais no Parque Zoológico para conter foco de influenza aviária

Durante reunião foi detalhada força-tarefa integrada e medidas de controle contra doença viral

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Há nove pessoas numa sala. Três delas estão sentadas a apoiadas na mesa. Há papéis, garrafa térmica e uma bandeja com copos sob a mesa. Seis pessoas estão sentadas de frente para a mesa. O chão e a parede tem tons cinzas. Há dois quadros no chão e uma TV em cima de um pequeno armário preto.
Plano de contingência é executado após morte de aves por influenza aviária no Zoológico de Sapucaia - Foto: Igor de Almeida/Ascom Sema

O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), realizou na manhã desta segunda-feira (19/5) mais uma reunião no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, dessa vez com representantes de cada área de atuação. Na ocasião, a titular da Sema, Marjorie Kauffmann, apresentou os protocolos emergenciais adotados, com foco nos humanos e nos animais.

As medidas, que já vinham sendo adotadas desde a última sexta-feira (16/5), foram implementadas em resposta à confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), que ocasionou a morte de mais de 100 aves no local. Durante a reunião, foram repassados todos os protocolos a serem seguidos. As ações estão alinhadas com as diretrizes estabelecidas conforme o Plano de Contingência para Emergências Zoosanitárias do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A titular da Sema destacou a atuação ágil e integrada das equipes do governo do Estado. “Estamos executando o Plano de Contingência com responsabilidade e rapidez, em consonância com os órgãos de saúde e agricultura. Nosso objetivo é a contenção do foco identificado, a proteção dos trabalhadores e dos animais saudáveis. O plano será continuamente atualizado conforme novas orientações das autoridades sanitárias e epidemiológicas, garantindo uma resposta eficaz frente às mudanças no cenário”, adiantou Marjorie.

O parque está fechado desde quarta-feira (14/5) por tempo indeterminado e com acesso restrito às equipes técnicas autorizadas. O número de servidores com circulação no parque foi reduzido pela metade, garantindo a manutenção dos cuidados e alimentação dos animais.

Capacitações e orientações técnicas vêm sendo realizadas para todos os trabalhadores do Zoológico, com foco na prevenção, biossegurança e manejo adequado durante a vigência das medidas emergenciais. As áreas com ocorrência da doença seguem isoladas. Todos os veículos, bem como calçados e equipamentos são desinfetados.

Sob a coordenação da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), é realizado o manejo sanitário das aves afetadas e a destinação adequada das carcaças em valas preparadas conforme as diretrizes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e dos órgãos sanitários. A utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigatória, e todos os procedimentos de desinfecção estão sendo rigorosamente aplicados.

Os servidores envolvidos diretamente nas ações de contenção, especialmente aqueles que atuaram no manejo das aves doentes, são acompanhados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). O monitoramento clínico segue por um período mínimo de dez a 14 dias, com orientações específicas sobre condutas em caso de sintomas gripais.

As demais espécies do parque seguem sob monitoramento constante da equipe veterinária da Sema, com coleta de dados clínicos e acompanhamento diário. A vigilância epidemiológica inclui a observação contínua de sinais compatíveis com a doença, com base em protocolos nacionais e internacionais de sanidade animal.

Desde a última semana, uma força-tarefa envolvendo a Sema, a Fepam, a Seapi e a SES vêm atuando de forma integrada para contenção do foco, mitigação de riscos e proteção da saúde pública e ambiental.

Influenza aviária

A IAAP, especialmente do subtipo A(H5N1), é uma doença viral com alta taxa de mortalidade entre as aves. A transmissão para humanos é rara, mas pode ocorrer, o que justifica o rigor nas medidas adotadas. No Rio Grande do Sul, o primeiro caso foi identificado em 2023, em cisnes da Lagoa da Mangueira, sendo monitorado desde então pelas autoridades sanitárias.

Entre os principais sintomas apresentados nas aves estão dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, falta de coordenação motora, torcicolo, diarreia e alta mortalidade.

Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Texto Cassiano Cavalheiro e Vanessa Trindade/Ascom Sema
Edição: Secom

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