Governo uruguaio reafirma que relação com o RS é estratégica para o País
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Há pouco mais de dois meses, após encontro ocorrido em Brasília, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o presidente do Uruguai, José Mujica, emitiram um comunicado afirmando que a nova relação entre os dois países será paradigmática. Desde então, reuniões técnicas para o desenvolvimento de ações conjuntas se intensificaram e passaram a produzir resultados mais rápidos. Resultado desta qualificação da relação foi o acordo firmado entres as cidades de Acegua (Uruguai) e Aceguá (Rio Grande do Sul), nesta quinta-feira (31), para investimentos integrados em saneamento básico. O termo técnico que autorizou as obras demorou quase três anos para ser elaborado em função dos entraves burocráticos.
Estreitar e agilizar a relação com o Brasil, que nos últimos dez anos se tornou uma potência mundial, não é oportunista, é estratégica. E o terreno próprio para esta política de integração é o Rio Grande do Sul, disse o ministro interino de Relações Exteriores do Uruguai, Roberto Conde Carreras, durante um café da manhã com o governador do Estado,Tarso Genro, e a comitiva gaúcha que esteve em Montevidéu.
O ministro Conde destacou que, após o acerto no acordo Acegua-Aceguá na área do saneamento, a prioridade agora é avançar nos projetos da ponte de Jaguarão e Rio Branco e na viabilização das ferrovias e hidrovias que ligam os dois países.
A integração entre Brasil e Uruguai, através do Rio Grande do Sul, é plenamente virtuosa e geopoliticamente completa. E vamos manter o alto nível desta relação de integração política que visa o desenvolvimento conjunto, ressaltou Tarso Genro.
Nos próximos dias, integrantes do governo uruguaio estarão novamente no Rio Grande do Sul para buscar detalhes da Política Industrial, coordenada pela Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), e da Rede Escola de Governo, organizada pela Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH). O que temos pela frente são oportunidades e vamos continuar o trabalho de maneira conjunta, acrescentou o ministro uruguaio.
A obra Acegua-Aceguá é o primeiro projeto binacional de saneamento da história do Mercosul. O investimento total é superior a US$ 5 milhões. Os recursos partiram do Focem, fundo do Mercosul criado para financiamento de projetos, da Corsan e da OSE, estatal uruguaia responsável pelo saneamento.
Texto: Guilherme Gomes
Edição: Redação Secom (51)3210-4305