O navio mercante Podhale, de bandeira de Bahamas, atracou na manhã desta quinta-feira (05), na Capital. Medindo 190 metros de comprimento e 28,5 metros de largura, o graneleiro está carregado com 5,8 mil toneladas de superfosfato triplo e 4.558 toneladas de sulfato simples. A carga destina-se a duas empresas de fertilizantes, cujas plantas industriais se encontram na região metropolitana. O embarque teve origem no porto de Ashdod (Israel). Sua última escala foi no porto de Paranaguá (PR), e após descarregar sua carga segue para o porto de San Lorenzo (Argentina).

A carga do navio corresponde a mais de 345 caminhões com 30 toneladas cada. O aproveitamento do porto da Capital para recebê-la permite muito mais do que economia e a preservação de nossas estradas. Racionaliza a utilização do transporte de produtos a longa distância. Também é interessante notar a redução na perda carga, tão comum nos demais modais. 

Os grãos que caem dos caminhões ou dos vagões do trem, quando em movimento,  chegam a totalizar 2% da carga. Neste caso, o volume equivaleria a 7 caminhões cheios que deixaram de ser perdidos ao longo do trajeto entre Porto Alegre e Rio Grande. Este é um valor significativo e deve sempre ser levado em consideração, afirma o superintendente da SPH, Vanderlan Vasconselos.

Outro aspecto importante a ser observado é a dinâmica que o transporte marítimo oferece a quem o utiliza. A capacidade do navio de atracar em diversos portos, de países diferentes e distantes, transportando volumes significativos de carga, não possui equivalência em nenhum dos demais modais. Poder integrar-se a esta realidade é ter a certeza de que não existe distância insuperável para a realização da atividade comercial.

Texto e foto: Carlos César
Edição: Palácio Piratini (51) 3210.4305