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Grupo Gestor avalia Turismo Rural em Lavras do Sul

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O Grupo Gestor de Turismo Rural de Lavras do Sul, na região Campanha, avaliou nessa terça-feira (18), durante o II Seminário de Turismo Rural, realizado no Clube Comercial, o relato das atividades realizadas em 2007. O destaque do encontro foi o relato da viagem técnica feita pelo grupo ao roteiro turístico da 4a Colônia, na região Central, para cursos de criação de novos produtos oriundos da ovinocultura e para as melhorias da Lavanderia Campeira, um dos atrativos turísticos do município. O objetivo da avaliação é aglutinar o debate sobre a criação do planejamento municipal em turismo rural em 2008. Criado em 2006, o Grupo Gestor reúne representantes de nove segmentos da comunidade local. “Como somos pioneiros na implantação de hotéis-fazenda no Rio Grande do Sul sabemos como é importante a união para que a atividade turística se consolide”, diz o prefeito Paulo Alcides Vidal de Souza. Organizado pela Emater/RS-Ascar, prefeitura e sindicato dos trabalhadores rurais, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Seminário teve a participação de mais de 100 produtores rurais das comunidades de Meia Lua, Três Vendas, Mantiqueira, Rincão dos Soares, Ibaré, Seival, Cerrito, Rincão das Cruzinhas e São José da Itaóca I e II. O evento contou com a presença do coordenador estadual de Turismo Rural da Emater/RS-Ascar, Flávio Calcanhoto, técnicos, representantes das secretarias municipais de Turismo e da Educação, sindicato rural, escola de formação Exatus, Banco do Brasil, Sicredi e do Programa Regional de Turismo Caminhos Farrroupilhas. Durante o debate, a secretária da Educação, Maria Alice Bulcão Teixeira Abascal, disse que pretende implantar um projeto de pesquisa da história, lendas e contos de Lavras do Sul. “Não conhecemos verdadeiramente a nossa história”, diz. A intenção é mobilizar alunos da rede municipal no resgate do folclore e dos registros históricos para subsidiar o Grupo Gestor e a comunidade. O gerente do Banco do Brasil, Maurício Viegas, diz que vê o segmento como rentável. “É gratificante reconhecer a potencialidade turística do município”. O assistente técnico regional de Crédito Rural da Emater/RS-Ascar, Luis Fernando Fabrício, de Bagé, afirma que os recursos financeiros de crédito devem ser vistos como ferramenta para a geração de condições de desenvolvimento na comunidade. “O crédito rural é importante porque tem a capacidade de diversificar a renda, valorizar a cultura local, resgatar a auto-estima das comunidades locais e servir como alternativa de comercialização direta da produção”. Segundo Luis Fernando Fabrício, um projeto de crédito é para toda a vida. “Os recursos são escassos e, portanto, é preciso definir prioridades e ter claro a sua utilização”. Fabrício apontou o Pronaf e o Proger Rural, entre outras linhas de custeio e investimento assessoradas pela Emater/RS-Ascar junto ao público da Extensão Rural, como opções de crédito disponíveis na rede bancária para aplicação no segmento de turismo rural. O representante do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/RS), Eduardo Condorelli, destacou que o foco é a capacitação dos produtores e das comunidades rurais. “Identificamos e implantamos negócios rurais”, afirma. O Senar/RS oferece nove cursos relacionados ao turismo rural com módulos de no mínimo 15 e no máximo 25 produtores. A secretária da Associação Pró-Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Lavras do Sul (ADCTur), Maria Alice Souza Severo, diz que a atividade de exploração turística no meio rural ainda necessita amadurecimento de toda a cadeia. “Falta sintonia com o que está acontecendo dentro da comunidade”, afirma Alice. O coordenador estadual de Turismo Rural da Emater/RS-Ascar, Flávio Calcanhoto, diz que os grupos gestores de turismo rural necessitam criar mapas do que fazer e para onde ir. “A concepção que temos é usar o turismo rural como estratégia de desenvolvimento, com gastronomia, artesanato, agroindústria, infra-estrutura, potencialidades e os demais aspectos da atividade em um plano municipal ou regional. Com ele, os investidores podem saber onde aplicar os recursos e criar novos suportes para sustentar a cadeia do turismo rural.”
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