O governador em exercício, Antonio Hohlfeldt, participou, neste domingo (5), na lavoura do Grupo Pitangueira, em Itaqui, da abertura oficial da 16ª Colheita do Arroz. Lançou também o Comitê de Gestão dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Arroz no Estado. Com essa iniciativa, o setor arrozeiro tem em vista criar alternativas não só para incentivar a união do segmento, mas, principalmente, definir estratégias para ampliar a comercialização do arroz gaúcho no mercado doméstico e fora do país. O ato foi realizado no Parque do Sindicato Rural. De acordo com Hohlfeldt, cerca de 50 instituições fazem parte do Comitê que irá unificar ações de desenvolvimento de políticas agrícolas para o setor. É necessário fazer com que não hajam ações isoladas, mas uma união de interesses para desenvolver a cadeia produtiva. Durante a abertura da 16ª Colheita do Arroz, Hohlfeldt destacou que o Governo do Estado irá pressionar o governo federal para buscar uma solução à questão das salvaguardas da produção de arroz gaúcho contra a entrada de arroz importado no Rio Grande do Sul. Atualmente existem leis e acordos internacionais que impedem a realização de mais barreiras de arroz estrangeiro. Assim com o Rio Grande não é isolado do Brasil, o Brasil também não é isolado do universo das nações. Vamos procurar encontrar maneiras legais de proteger o produto gaúcho sem agredir os acordos que o país já firmou. Destacou ainda que as reivindicações dos orizicultores são legítimas e que o Governo do Estado vai procurar defender os interesses mas sem ferir a lei. Temos que agir dentro da legalidade. As reivindicações são justas e necessárias para que possamos defender a nossa produção de arroz e as famílias que dele dependem. O secretário da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein, lembrou que, apesar de o Brasil ter reduzido a área plantada, o Rio Grande do Sul continuou com a mesma. Isso significa que teremos uma venda interna ainda maior. Conforme levantamento feito pelo Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), a área plantada de arroz irrigado no Rio Grande do Sul é de 1,022 milhão de hectares, em 138 municípios, o que significa 3,65% da área do Estado. A estimativa de colheita é de mais de 6 milhões de toneladas. Se for confirmado o volume de produção, a safra gaúcha corresponderá a 55% do total esperado em âmbito nacional e de 44,5% no Mercosul No ano agrícola de 2004/2005, a lavoura arrozeira do Estado teve participação de 50% no total colhido no Brasil. No parque, o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) apresentou os trabalhos desenvolvidos nos últimos três anos, com destaque para o Programa Arroz RS, que abrange cerca de 30 projetos. Técnicos mostraram os avanços dos projetos aplicados nas lavouras. Também foram expostas as cultivares do Irga com a tecnologia do Projeto 10. Na safra anterior, enquanto a produtividade média no Rio Grande do Sul atingiu seis toneladas por hectare, as áreas que utilizaram o Projeto 10 alcançaram em torno de 7,8 toneladas por hectare. Estiveram presentes na abertura da colheita o prefeito de Itaqui, Bruno Contursi, os presidentes da Federarroz, Valter Pötter, do Sindicato Rural de Itaqui e Maçambará, Pedro de Alcântara Monteiro Neto, da Associação do Arroz de Itaqui, Manoel Antonio Vargas Filho, e da Farsul, Carlos Sperotto, o representante do Ministério da Agricultura, Francisco Signor. Também participaram os secretários de Obras e Saneamento, Frederico Antunes, e do Gabinete de Reforma Agrária, Vulmar Leite, os presidentes da Emater, Caio Rocha, do Daer, Roberto Niederaurer, da CEEE, Antonio Brites Jaques, da Fepagro, Carlos Cardinal, e do Irga, Peri Sperotto Coelho, além dos deputados federais, Luis Carlos Heinze, Afonso Hamm, Pompeo de Matos e Erico Ribeiro, e estaduais Jerônimo Gorgen, Pedro Westphalen, Vieira da Cunha e Vilson Covatti.