Para atingir a meta de ampliar a participação do modal hidroviário no Rio Grande do Sul dos atuais 4% para 15% na matriz de transporte, o governo do Estado buscou apoio na experiência holandesa, considerada a melhor do mundo em navegação interior. No Rio Grande do Sul desde a última segunda-feira (6), o presidente da Associação dos Portos de Amsterdã (Amport), Wim Ruijgh, apresentou propostas de planos diretores para os segmentos de terminais portuários, contêineres e granéis.

Junto com o diretor de projetos do instituto holandês NEA Transport, Harrie de Leijer, ouviu relatos sobre as necessidades a serem implementadas para a retomada do transporte de carga pelas hidrovias nos rios Jacuí, Taquari, Guaíba e Laguna dos Patos até o Porto do Rio Grande. Nesta quinta-feira (9), os holandeses expuseram possíveis projetos para hidrovias gaúchas durante a instalação, no Palácio Piratini, da Força-Tarefa Intermodal, liderada pela governadora.

Eles identificaram como rápida a implantação do transporte a granel de Cachoeira do Sul a Rio Grande. De acordo com Wim, uma grande empresa localizada próximo ao rio Jacuí, no município da Região Central do Estado, necessita apenas de uma esteira para iniciar o carregamento. Deu ainda recomendações sobre projeto de conexão do Rio Grande do Sul com o Uruguai através da Lagoa Mirim, que, segundo ele, terá retorno em prazo maior. Se o Estado quiser consolidar sua posição no Mercosul, a conexão pode ser uma excelente oportunidade, afirmou.

Em agosto de 2008, em missão à Holanda, Yeda Crusius assinou, em Haia, o acordo de cooperação técnica com o governo daquele país. Como resultado, o ministro dos Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água dos Países Baixos, Camiel Eurliings, liderou missão governamental e empresarial ao Estado, acompanhado de cerca de 50 investidores holandeses, em março de 2009, quando conheceu o complexo do Porto do Rio Grande. Nesta quinta-feira (9), no Palácio Piratini, a governadora recebeu documento do movimento Pró-Porto/RS, em apoio ao projeto gaúcho, assinado por nove entidades dos setores empresarial e agrícola.