Hospital Cristo Redentor implanta Observatório de Acidentes e Violência
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O Hospital Cristo Redentor é a 17ª instituição a integrar a rede informatizada de Observatórios de Acidentes e Violências, criada pelo Governo do Estado, com o objetivo de identificar e monitorar violências contra crianças, idosos, mulheres, incluindo os acidentes de trabalho, de trânsito e de trajeto para o trabalho. A solenidade, que marcou o lançamento do sistema, ocorreu na manhã desta sexta-feira (23) no Hospital. Considerado como o Pronto-Socorro da Zona Norte, o Cristo Redentor é referência no Estado em trauma, queimaduras e neurocirurgias, atendendo mensalmente entre 13 a 15 mil pessoas oriundas de Porto Alegre e Região Metropolitana, de municípios do interior do Estado, de Santa Catarina e do Paraná. Pelo projeto do governo, inicialmente deverão ser implantados 27 observatórios em instituições de referência regional para serviços de urgência e emergência no Rio Grande do Sul. Com o observatório, poderemos identificar numericamente o tipo de acidente e violência e as causas das ocorrências, disse Delson Martini, diretor financeiro do Grupo Hospitalar Conceição. De acordo com ele, o sistema é importante para superar o medo, a insegurança e o constrangimento que normalmente cercam as situações de violência. A redução de acidentes e violências passa por uma ação intersetorial que envolva os governos federal, estadual e municipais e toda a sociedade. O gerente administrativo do Hospital Cristo Redentor, Sérgio Bassani, destacou que as informações obtidas por meio do observatório vão permitir o avanço de programas desenvolvidos pelas áreas de psicologia, psiquiatria e serviço social. Ele salienta que nos últimos anos o hospital vem estreitando as relações com o Estado e o município de Porto Alegre. Com isso, estamos qualificando as ações e serviços no âmbito do SUS e cumprindo uma responsabilidade social com a população. Dados do Sistema de Informação de Mortalidade da Secretaria da Saúde do Estado (SES-RS) indicam que as causas externas, caracterizadas por situações de violências como maus-tratos, agressões físicas e sexuais, auto-agressão, acidentes de trânsito, de trajeto ou de trabalho, entre outros, são a quarta maior causa de mortes no Estado. Apesar dos avanços obtidos no tratamento clínico de pessoas acidentadas ou vítimas de violência, estacionamos quando o assunto é a prevenção destas ocorrências, afirma a coordenadora da Política de Saúde do Trabalhador da Secretaria da Saúde do Estado, Maria Juliana Moura Corrêa, ao informar que estas situações são preveníveis a partir de ações de intervenção sobre suas causas. Ela lembra que a questão da violência e dos acidentes sempre foi tratada pela ótica da justiça. Os observatórios são instrumentos para que se comece uma abordagem de saúde visando a ações nas áreas de sociologia, psicologia e neurológica, avalia.